Produção de oleaginosas do Canadá deve se recuperar
Prevê-se que a relação estoque-uso de sementes de canola do Canadá caia para o menor em mais de 20 anos
Foto: Nadia Borges
A produção total de oleaginosas do Canadá no ano comercial de 2022-23 deve aumentar 35% em comparação com a safra atingida pela seca do ano anterior, de acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
O aumento projetado para 25,7 milhões de toneladas, que inclui canola, soja e sementes de girassol, baseia-se principalmente na melhoria do rendimento da canola, disse o USDA. A seca severa nas pradarias reduziu a produção de canola em 2021-22 de 2,34 toneladas por hectare em 2020-21 para apenas 1,40 toneladas por hectare este ano.
A demanda global por oleaginosas é forte, devido à escassez de oferta global exportável, mas as exportações canadenses serão restringidas por uma oferta doméstica relativamente baixa, disse o USDA. Os estoques iniciais de óleo de canola devem ficar 70% abaixo da média de cinco anos. A produção total de farelo (farelo de soja e farelo de canola) deverá aumentar mais de 10% com o aumento da oferta doméstica de sementes de canola, enquanto o consumo de proteína em equivalente de farelo de soja deverá cair ligeiramente, em parte devido a uma ligeira redução dos estoques de gado.
Prevê-se que a relação estoque-uso de sementes de canola do Canadá caia para o menor em mais de 20 anos até o final do MY 2021-22 devido à oferta reduzida e forte demanda doméstica e internacional, disse o relatório. “Olhando além do MY 2022-23, a capacidade nacional de esmagamento de canola está projetada para aumentar dos atuais 11,3 milhões de toneladas para 17 milhões de toneladas em 2025”, disse o USDA. “Isso é mais canola do que o Canadá colhido no ano de seca do MY 2021-22. O investimento em capacidade de esmagamento está sendo impulsionado em grande parte pelas indústrias de biodiesel e diesel renovável.”