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Produção de arroz do MT deve crescer


Projeções do secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, apontam para uma expansão de 14,64% da área cultivada pela agricultura empresarial no Mato Grosso para a próxima safra. A previsão, revelada ontem (26-05) está calcada principalmente na perspectiva de reforma de pastagens degradadas, e isso resultará num aumento significativo do plantio de arroz.

O secretário não tem números sobre a agricultura familiar, à qual credita mais função social e menos resultado financeiro. O perfil dessa atividade está sendo levantado pela Secretaria-adjunta de Agricultura Familiar, recentemente criada em função da reformulação administrativa que transformou a Secretaria de Agricultura em Seder.

O arroz, que teve queda de área cultivada em 2001/2 para a safra atual, de 440,3 mil hectares (ha) para 431,5 mil ha, poderá se transformar numa da vedetes da agricultura no próximo plantio, expandindo seu cultivo para boa parte dos 5 milhões de ha de pastos degradados em Mato Grosso. A reforma da pastagem passa pelo plantio intermediário de cultura temporária, preferencialmente o arroz.

A migração do arroz para o pasto deverá ser arrastar por alguns anos, em todas as regiões do estado, até a total recuperação das área degradadas. Isso implicará em transferência de gado de propriedades, sem no entanto comprometer a pecuária mato-grossense.

O Brasil produz 12 milhões de toneladas de arroz, e Mato Grosso responde por cerca de 10% dessa safra, com 1,2 milhão de toneladas. O estado ocupa a segunda posição no ranking nacional, abaixo do Rio Grande do Sul, mas é o maior produtor de arroz de terras altas.

O prognóstico de Homero Pereira é compartilhado pelo presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA), Ângelo Maronezzi. Levando-se em conta o cruzamento de dados da Seder, Conab, Embrapa, sindicatos rurais, secretarias municipais de agricultura e Seder, a APA "vê" bom indício de retomada e de expansão da área cultivada", diz Maronezzi.

Também na garupa da reforma de pastagens, o milho poderá se expandir em Mato Grosso na próxima safra. O Brasil produz 42,7 milhões de toneladas desse cereal. Em duas safras anuais o estado colhe 2,52 milhões de toneladas, sendo que a safrinha responde por 7,51 mil toneladas.

"O cultivo do milho safrinha é condicionado à principal safra do centro-sul", observa Homero Pereira, acrescentando que a área de plantio segue ao pé-da-letra a regra da lei da oferta e da procura, principalmente por se tratar de cereal de baixo valor agregado. "Como nós estamos ampliando nossa suinocultura e nossa avicultura, o esperado aumento de cultivo chega em bom momento", arremata o secretário.

Homero Pereira participará da Expedição Estradeiro do governador Blairo Maggi - que começa hoje em Itaúba e termina no dia 2 de junho em Rondonópolis -, para tomar conhecimento in loco da realidade do setor agropecuário e agrário nos municípios constantes no roteiro dessa viagem de 2.167 km nas regiões Nortão, Intervales e do Alto Araguaia.

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