Primeira quinzena de março terá massa de ar frio
Temperatura entra em declínio após a passagem de frente fria; As chuvas serão abrangentes.
A primeira quinzena de março deve ser marcada por chuvas muito volumosas na faixa norte do Brasil, parte desse influência é associada às instabilidades da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Em uma faixa bastante extensa, entre o norte e nordeste, as chuvas podem superar a marca dos 250 mm, de acordo com a projeção da NOAA.
Na região Sul, a passagem de frentes frias devem favorecer a ocorrência de chuvas e na sequência do avanço de uma massa de ar frio, favorecendo o declínio das temperaturas, especialmente na primeira semana do mês.
Clique aqui e acesse AGROTEMPO Sobre as condições agrometeorológicas, o cenário é positivo para todos os cultivos de segunda safra. Mesmo com as chuvas mais irregulares em áreas do centro-oeste, ass condições de umidade no solo são adequadas. Essa mesma irregularidade nas precipitações, devem ser favoráveis para as operações de colheita da soja. Contudo, o monitoramento fitossanitário deve ser reforçado ao norte do MATOPIBA, sul de Minas e nordeste gaúcho.
Veja a previsão por região e o mapa de chuvas
Chuva acumulada entre 01 a 15 de Março.
Fonte: NOAA. Elaboração: Agrotempo.
Região Sul
O avanço de pelo menos duas frentes frias na região, deve favorecer a ocorrência de chuvas ao longo desta primeira quinzena de março. O primeiro pulso de chuvas deve ocorrer ainda nos primeiros sete dias, com as chuvas surgindo a partir do dia 04 e 05, seguidos de uma período de tempo mais seco e frio, contudo, não são esperadas geadas. O segundo pulso de chuvas, deve ocorrer a partir do dia 10, novamente com potencial para tempestades na região. Em relação aos maiores volumes são esperados valores entre 200 e 250 mm no noroeste do Rio Grande do sul e oeste do Paraná, nas demais regiões os valores variam entre 50 e 150 mm. Atenção para o sudoes gaúcho, onde são esperadas chuvas abaixo dos 50 mm no mês.
Região Sudeste
Os corredores de umidade devem se formar na região, influ?nciados pela passagem de frentes frias oceânicas. Desta forma espera-se que as chuvas mais intensas ocorram sobre o sul de Minas Gerais, com volumes acima dos 200 mm. Áreas do Rio de Janeiro e Vale do Paraíba Paulista também devem experimentar um período de chuvas mais abundante, variando entre os acima dos 100 mm no período. Por outro lado, setores do norte de Minas Gerais, vai passar por um período de chuvas mais irregulares, com volumes abaixo dos 100 mm no período. O calor deve ser forte na região, especialmente no Noroeste Paulista e Triângulo Mineiro, que deve fechar o período com marcas acima da média.
Região Centro-Oeste
De maneira geral, as instabilidades devem ser recorrentes na região, devido ao fator termodinâmico – resultado da combinação entre o calor e umidade. Contudo, os volumes previstos para o período indicam um cenário de muita irregularidade, com precipitações abaixo dos 50 mm em áreas do sul de Mato Grosso, sul de Goiás e oeste do Mato Grosso do Sul, especialmente na região do Pantanal. Nas demais regiões a previsão indica valores entre 50 e 100 mm, com pontos acima dos 200 mm no sul de Mato Grosso do Sul. Apesar desse cenário trazer um certo grau de precipitação para o produtor rural, as condições hídricas são adequadas para o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra e do algodão, além do avanço nas operações de colheita.
Região Nordeste
Um dos principais contribuintes para as chuvas nesta primeira quinzena de março será a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantendo as condições de chuvas elevadas em todo período em áreas do norte do Maranhão, norte do Piauí, Ceará e oeste do Rio Grande do Norte. Pontualmente são esperados volumes acima dos 250 mm, condição que está alinhada com a previsão de chuvas acima da média para o mês de março. Por outro lado, setores do leste baiano, Sergipe e Alagoas, devem enfrentar um período de chuvas mais irregulares, com previsão de valores abaixo dos 100 mm no decorrer do período. A colheita do milho primeira safra na Bahia deve ser favorecido pelas chuvas mais irregulares, já as chuvas mais abundante entre o Maranhão e Piauí, são favoráveis para o desenvolvimento dos cultivos na região, porém aumentam a necessidade do monitoramento fitossanitrio.
Região Norte
Os primeiros quinze dias de março trazem um panorama de chuvas positivas para a região. As instabilidades podem ser mais recorrentes até mesmo em áreas de Roraima, minimizando a seca severa que a região vem enfrentando. No entanto, os maiores volumes devem ocorrer sobre o Amazonas com volumes acima dos 375 mm, previstos pela projeção do NOAA. Porém, áreas de Rondônia devem enfrentar um período de chuvas mais irregulares, o que pode afetar negativamente a qualidade dos pastos e aumentar a demanda hídrica das lavouras.