Um estudo da Oxford Analytica, com a colaboração da Health for Animals, enfatiza a importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e prevenir doenças em rebanhos. A pesquisa revela que a incidência de doenças afetando 30% dos animais pode aumentar entre 1,5% e 1,7% a área necessária para criação de gado apenas para manter a produção, resultando em impactos ambientais adversos. Isso sublinha a urgência de medidas para mitigar esses efeitos negativos.
"Adotar medidas preventivas é essencial para garantir a saúde dos rebanhos e também para amenizar os impactos ambientais. Investir em saúde animal não é apenas uma questão de responsabilidade, mas também uma oportunidade de contribuir com as gerações futuras", afirma Emílio Salani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que é membro do Health for Animals.
O Sindan, ao revisar estudos internacionais, concluiu que doenças nos rebanhos podem aumentar as emissões de gases do efeito estufa em até 113% na pecuária de corte e 24% na produção de leite. Com o Brasil comprometido em reduzir até 53% das emissões, o setor de saúde animal emerge como um aliado crucial nesse esforço. A seguir, três evidências demonstram que a prevenção de doenças em rebanhos contribui para a redução das emissões de gases do efeito estufa:
Investir em vacinação animal não só mantém os animais mais saudáveis, como também promove uma pastagem mais uniforme e eficiente, facilitando uma melhor gestão das áreas verdes. Segundo a Oxford Analytica, aumentar a vacinação do gado de corte pode incrementar a produção em até 0,7% sem elevar as emissões de gases. Isso é destacado por Salani como uma medida de saúde animal que também contribui para a sustentabilidade ambiental, impulsionando o crescimento da produção de proteínas animais de forma responsável.