Ao inaugurar ontem em Benevides, a cerca de 40 quilômetros e Belém, o pólo de fruticultura da Amazônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a intenção do governo de expandir as cooperativas de crédito no País. "Nunca as cooperativas foram tão facilitadas, como agora, em sete meses de governo", declarou. "Não existem mais mecanismos burocráticos impedindo a criação de cooperativas", disse Lula.
O pólo de fruticultura tem como base a Central de Cooperativas da Nova Amafrutas, integrada por três cooperativas de trabalhadores e agricultores familiares, com mais de mil famílias atendidas. O projeto foi recuperado numa ação comandado pelo governo do Pará, em parceria com organismos como a Organização Intereclesiástica para Cooperação ao Desenvolvimento (ICCO), uma agência holandesa de fomento e o Banco da Amazônia, depois de estar falido há quatro anos. Agora a Central deverá atuar em 29 municípios, com cerca de 4 mil famílias.
Além do maracujá, transformado em suco concentrado e exportado, produzirá também laranja, abacaxi, acerola, manga, limão, tangerina, mamão, melancia e goiaba. A meta é chegar a 2008 com um faturamento de R$ 34,5 milhões.
Ao destacar a iniciativa dos cooperados da Amafrutas, o presidente Lula afirmou que estava feliz por ver, no coração da Amazônia, um conjunto de trabalhadores da agricultura e da indústria unidos para recuperar um parque fabril falido, assegurando renda e dignidade às suas famílias.
"A cooperativa é um dos melhores recursos que a sociedade brasileira tem para ajudar os mais pobres, os pequenos investidores, os trabalhadores rurais, os trabalhadores urbanos, os microempresários e os pequenos comerciantes", acrescentou o presidente.
O governador do Pará, Simão Jatene, acredita que o projeto da Amafrutas, que tem como base a organização solidária do trabalho e mostra que o sistema cooperativo, baseado em pequenos produtores, é o mais viável para a Amazônia.
Além de Lula e Jatene, participaram da instalação do pólo os ministros da Integração Regional, Ciro Gomes; do Meio Ambiente, Marina Silva; da Agricultura, Roberto Rodrigues; e do Desenvolvimento Econômico, Luis Fernando Furlan e os governadores do Acre, Jorge Viana, e do Amazonas, Eduardo Braga.