CI

Preços do trigo recuam em Chicago com pressões de mercado

Impactos nos EUA e manobras russas para competitividade


Foto: Canva

As cotações do trigo em Chicago recuaram nesta semana, conforme apontado na análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). Na quinta-feira (15), o bushel do cereal, para o primeiro mês cotado, fechou em US$ 5,28, uma queda em relação aos US$ 5,37 registrados na semana anterior.

Segundo a análise da Ceema, o relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 12 de agosto trouxe novos dados para o ano comercial de 2024/25, incluindo uma leve redução na produção de trigo dos EUA, que agora está projetada em 53,9 milhões de toneladas. Os estoques finais nos Estados Unidos foram revisados para 22,5 milhões de toneladas, quase um milhão abaixo da estimativa de julho, mas ainda acima dos 19,1 milhões de toneladas registrados no ano anterior.

Em âmbito global, a produção mundial de trigo foi estimada em 798,3 milhões de toneladas, um aumento de mais de dois milhões em relação ao previsto em julho e quase 10 milhões acima do registrado no ano passado. No entanto, os estoques finais globais devem cair para 256,6 milhões de toneladas, em comparação com 262,4 milhões de toneladas no ano anterior, conforem dados da análise semanal.

De acordo do com a Ceema, para a América do Sul, as projeções indicam que a produção brasileira de trigo deve alcançar 9,5 milhões de toneladas, enquanto a Argentina deverá produzir 18 milhões de toneladas. As exportações argentinas de trigo foram estimadas em 11,5 milhões de toneladas para o próximo ano comercial.

Nos Estados Unidos, até o dia 11 de agosto, a colheita do trigo de inverno havia alcançado 93% da área plantada, superando a média histórica de 91%. Já o trigo de primavera foi colhido em 18% da área, ligeiramente abaixo da média histórica de 21%.

Na Ucrânia, com 97% da área colhida, o volume de trigo alcançou 20,9 milhões de toneladas. Enquanto isso, na Rússia, maior exportador mundial do cereal, as tarifas de exportação foram novamente reduzidas, desta vez em 42%, para US$ 2,90 por tonelada. A medida visa aumentar a lucratividade dos produtores locais em meio ao recuo dos preços globais. Essa nova tarifa de exportação é a mais baixa desde que a Rússia começou a calculá-la em rublos, em julho de 2022. O imposto sobre o trigo tem sido reduzido de forma constante no país desde fevereiro de 2024, de acordo com a agência Reuters.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.