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Preços do milho seguem em alta em Santa Catarina

Previsão de redução na área plantada



Foto: Canva

De acordo com os dados da edição de outubro do Boletim Agropecuário produzido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgado pelo Observatório Agro Catarinense, em setembro, o preço médio mensal pago aos produtores de milho em Santa Catarina apresentou sinais de recuperação, superando R$ 60,00 por saca em algumas regiões do estado. A tendência de alta se mantém mais forte nos estados de Mato Grosso e São Paulo, impulsionada pelos prêmios e cotações nos portos. A entressafra, com menor oferta do produto, contribui para esse movimento.

No início de outubro, os preços em Santa Catarina continuam a registrar recuperação, principalmente devido à maior demanda interna pelo cereal e à concorrência com as exportações. A oferta de milho no estado, por enquanto, depende de suprimentos vindos de outras regiões.

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A previsão para a primeira safra 2024/25 indica uma redução de 9,9% na área plantada em comparação com a safra anterior. Esse recuo é atribuído aos altos custos de produção, insegurança dos agricultores em relação à cigarrinha, e os baixos preços na última safra. Apesar da queda na área plantada, a produtividade média deve crescer cerca de 24%, alcançando 8.468 kg/ha, o que resulta em um aumento de 11,8% na produção total, com uma expectativa de colheita de aproximadamente 2,26 milhões de toneladas de milho.

Esses números ainda podem sofrer alterações, já que novos levantamentos estão previstos para outubro e novembro, período de plantio em regiões como Campos de Lages. Além disso, as importações de milho até setembro somaram 221 mil toneladas, e devem ultrapassar 250 mil toneladas até o fim do ano, com maior volume concentrado no segundo semestre.

Produção de silagem e perspectivas no mercado

O milho também tem papel essencial na produção de silagem, usada para alimentar animais, especialmente durante o inverno, quando a forragem das pastagens é escassa. As microrregiões de São Miguel do Oeste e Chapecó, onde há intensa atividade leiteira, se destacam na produção de milho para silagem.

Embora o mercado de milho para silagem em Santa Catarina ainda seja pequeno, com a maioria dos produtores cultivando o cereal para alimentar seus próprios rebanhos, no oeste do estado já existem serviços especializados de corte e trituração do milho destinado à silagem diretamente nas propriedades. Os custos desse serviço variam de R$ 1.500,00 a R$ 1.800,00 por hectare colhido e processado na safra 2023/24, uma alternativa que evita a necessidade de investir em maquinário próprio.

Além disso, há uma comercialização informal de silagem, ou das lavouras destinadas à sua produção, entre vizinhos. O valor dessas transações costuma ser calculado com base na estimativa de produtividade de grãos e no preço de mercado atual do milho.

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