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Preços do milho mantêm viés de alta

Colheita acelerada e vendas antecipadas marcam mercado


Foto: Canva

Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do milho no Brasil continuaram a apresentar um movimento lento, porém consistente, de alta. A média de preços no Rio Grande do Sul subiu para R$ 58,14 por saco, enquanto em outras regiões do país os valores oscilaram entre R$ 39,00 e R$ 59,00 por saco. Na B3, o fechamento dos contratos mais recentes, na quarta-feira (14), registrou valores entre R$ 59,72 e R$ 67,91 por saco.

A colheita da safrinha, até o dia 8 de agosto, avançou no Centro-Sul brasileiro, atingindo 98% da área plantada, um progresso notável em comparação com os 71% registrados no mesmo período do ano anterior, de acordo com a AgRural. A Conab, em seu relatório semanal, indicou que 94,7% da área total do país já havia sido colhida até a semana passada, em contraste com os 72,4% no mesmo período de 2023.

No Mato Grosso, a comercialização da safrinha alcançou 58,6% do total colhido até o final de julho, com os preços apresentando uma melhora ao final do mês, chegando a R$ 40,27 por saco. As vendas antecipadas para a safra 2024/25 atingiram 7,4%, com o preço médio fechando julho em R$ 38,73 por saco para a colheita futura, ambos os indicadores apontando atrasos em relação às médias históricas, conforme dados do Imea.

No Paraná, 96% da área de safrinha foi colhida nesta semana, de acordo com o Deral. Em Mato Grosso do Sul, a Aprosoja relatou que a colheita da safrinha atingiu 85,3% da área semeada, um avanço expressivo em comparação com os 33,2% colhidos no mesmo período do ano passado. Após uma amostragem de 10% da área estimada (221.800 hectares), a produção inicialmente esperada de 11,5 milhões de toneladas foi revisada para baixo, com uma redução de 19,1%, totalizando agora 9,3 milhões de toneladas, 34,7% abaixo da safra passada. A produtividade também foi reduzida, com uma previsão de 69,8 sacos por hectare, indicando uma retração de 30,7%.

No cenário internacional, a Secex informou que, nos primeiros sete dias úteis de agosto, as exportações brasileiras de milho totalizaram 1,94 milhão de toneladas. Em agosto de 2023, o Brasil exportou 9,4 milhões de toneladas ao longo do mês inteiro, mas a média diária de exportação atual está 32% abaixo da registrada no mesmo período do ano passado. Nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil exportou 11,9 milhões de toneladas, ficando aquém do volume registrado no mesmo período de 2023. Além disso, o preço médio do milho exportado pelo Brasil caiu 11,9% em agosto deste ano, comparado a agosto do ano passado, fechando em US$ 210,40 por tonelada.

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