Preços do milho estáveis em Chicago e queda nas exportações dos EUA

As cotações do milho na Bolsa de Chicago mantiveram-se relativamente estáveis durante a terceira semana de agosto, de acordo com a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). O bushel do cereal para o primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (22) em US$ 3,71, comparado a US$ 3,75 na semana anterior.

Segundo a análise semanal, nos Estados Unidos, até o dia 18 de agosto, 67% das lavouras de milho apresentavam-se em condições entre boas e excelentes, um aumento em relação aos 58% observados no mesmo período do ano anterior. Outros 22% estavam em condições regulares e 11% entre ruins e muito ruins. Por outro lado, as exportações de milho da safra velha estadunidense totalizaram 120.500 toneladas na semana encerrada em 15 de agosto, bem abaixo das expectativas do mercado. Com isso, as vendas totais no atual ano comercial chegaram a 55,8 milhões de toneladas, em comparação a pouco mais de 40 milhões no mesmo período do ano anterior. Em relação à nova safra 2024/25, a ser colhida a partir de setembro, as vendas somaram 800.500 toneladas, situando-se no limite superior das expectativas do mercado.

De acordo com o Ceema, no cenário internacional, as importações chinesas de milho caíram 11,5% entre janeiro e julho de 2024, totalizando cerca de 12 milhões de toneladas, conforme dados da Administração Geral de Alfândega da China. Na Argentina, a área total a ser plantada com milho na safra 2024/25 deverá ser de 6,3 milhões de hectares, representando uma redução de 17,1% em relação ao ano anterior. Dois fatores principais estão inibindo o plantio: as condições climáticas adversas e a presença da cigarrinha. Este último fator levou o país vizinho a perder cerca de 10 milhões de toneladas na safra anterior, reduzindo a produção final para 46,5 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.