Preços do milho estão estão estagnados no Brasil
Milho enfrenta viés de baixa apesar de melhorias no Mato Grosso
O mercado brasileiro de milho apresenta preços estagnados e com viés de baixa, de acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). A média gaúcha ficou em R$ 68,00 por saca, enquanto outras praças locais oscilaram ao redor de R$ 67,00 por saca. No restante do país, os valores variaram entre R$ 57,00 e R$ 70,00 por saca.
Na Bolsa Brasileira (B3), o fechamento de quarta-feira (4) apontou valores entre R$ 67,89 e R$ 71,15 por saca para os contratos mais próximos. Essa estabilidade reflete fatores como o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras de verão e a retração dos consumidores, além de uma leve queda nas cotações internacionais.
A semeadura da safra de verão alcançou 65,1% da área esperada até 1º de dezembro, superando os 60% do mesmo período no ano passado, segundo a Conab. Estados como Paraná, Santa Catarina e São Paulo lideram o avanço, com 100%, 98% e 94% das áreas plantadas, respectivamente. No Mato Grosso, a expectativa é de uma safra recorde de 45,8 milhões de toneladas em 2024/25, um aumento de 0,7% em relação à previsão anterior, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Os preços do milho mostram recuperação em comparação ao ano anterior. No Mato Grosso, o valor médio do cereal disponível alcançou R$ 57,00 por saca, um aumento de R$ 21,41 por saca. Nas regiões Sul e Sudeste, os ganhos médios variaram entre R$ 10,00 e R$ 14,00 por saca. Essa melhoria nas cotações deve incentivar o plantio da safrinha dentro da janela ideal, especialmente em estados como Goiás e Mato Grosso, onde os preços futuros estão cobrindo os custos operacionais.
Segundo a CEEMA, a combinação do avanço na semeadura, clima favorável e preços que cobrem os custos operacionais sinaliza uma expectativa positiva para a safrinha de milho. No entanto, o mercado deve acompanhar de perto a evolução da demanda, que permanece retraída, e o impacto das cotações internacionais no cenário nacional.