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Preços do arroz mantêm estabilidade após alta em Santa Catarina

Expectativa é de aumento de produtividade no estado



Foto: Pixabay

Segundo o Boletim Agropecuário de outubro, divulgado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e pelo Observatório Agro Catarinense, os preços do arroz em casca em Santa Catarina mantiveram uma tendência de estabilidade durante setembro e no início de outubro, após um longo período de alta iniciado em abril. O mercado tem sido influenciado pela entressafra, o que reduziu a oferta interna do grão e sustentou os preços em patamares elevados. No entanto, fatores como o desaquecimento da demanda e a queda do dólar, que desestimula exportações, estão pressionando os preços para baixo, estabilizando o mercado nos últimos meses.

A comercialização do arroz catarinense se concentra no primeiro semestre do ano, com cerca de 95% da produção já vendida até o momento, o que reflete a necessidade dos produtores de honrar compromissos financeiros e preparar a safra seguinte. Entre as regiões do estado, houve variações nos preços. Na Grande Florianópolis e no Litoral Norte, os preços subiram entre agosto e setembro, enquanto no Alto Vale do Itajaí os valores se mantiveram estáveis, e no Litoral Sul houve uma leve retração, influenciada pelo comportamento do mercado no Rio Grande do Sul.

No comércio internacional, as exportações de arroz catarinense entre janeiro e setembro de 2024 totalizaram US$ 2,67 milhões, com destinos principais como Trinidad e Tobago, Gâmbia e Senegal. Este valor é 71% menor em comparação com o mesmo período de 2023, resultado da menor competitividade do produto brasileiro devido à desvalorização do dólar. Em contrapartida, as importações cresceram 51,18% no mesmo período, devido à menor oferta interna e preços internacionais competitivos, sendo o Uruguai, Tailândia e Paraguai os principais fornecedores.

Com 76% da área de arroz já semeada para a safra 2024/25, estima-se uma produção estável em 145 mil hectares, mas com aumento de 9,9% na produtividade média, chegando a 8,74 toneladas por hectare. O clima favorável e o investimento em tecnologia devem garantir uma produção de 1,269 milhão de toneladas. As condições atuais das lavouras são predominantemente boas, com expectativa de resultados positivos para o ciclo.

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