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Preços da soja flutuam em Chicago

Os preços da soja em Chicago experimentaram oscilações significativas



Foto: Divulgação

Na última semana, os preços da soja em Chicago experimentaram oscilações significativas, impulsionadas por diversos fatores, conforme análise da Central Internacional de Analise Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). A América do Sul testemunhou condições climáticas peculiares, enquanto nos Estados Unidos, a manutenção das taxas de juros básicos gerou especulações sobre uma possível venda de contratos de oleaginosas, provocando uma queda nas cotações.

Em 8 de novembro, os preços atingiram US$ 13,49 por bushel, refletindo a sensibilidade do mercado às variações climáticas e econômicas. Contudo, na quinta-feira seguinte (09), após o aguardado relatório de oferta e demanda do USDA, as cotações referidas uma reversão, fechando em US$ 13,27 por bushel, ainda acima dos US$ 13,04 registrados uma semana antes .

É notável que a média de outubro encerrou em US$ 12,84 por bushel, revelando uma redução de 3% em relação à média de setembro. Comparado a outubro de 2022, os preços também demonstram uma redução específica, passando de US$ 13,81 por bushel para a média atual.

Um ponto de destaque é o aumento do preço do farelo de soja em Chicago, alcançando US$ 449,80 por tonelada curta em 8 de novembro, o patamar mais elevado desde agosto. Essa alta está intrinsecamente relacionada aos desafios climáticos enfrentados pela Argentina, principal exportador mundial de farelo de soja. Em contrapartida, o óleo de soja registrou uma queda, atingindo 49,36 centavos de dólar por libra-peso em 3 de novembro, o valor mais baixo desde junho.

Em relação aos números divulgados pelo USDA no relatório de 9 de novembro, destaca-se:

  1. A produção e os estoques finais dos EUA foram aumentados para 112,4 milhões de toneladas e 6,7 milhões de toneladas, respectivamente.
  2. A produção global de soja foi elevada para 400,4 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais mundiais foram limitados para 114,5 milhões.
  3. A produção do Brasil chegou a 163 milhões de toneladas, e a da Argentina manteve-se em 48 milhões de toneladas.
  4. A importação chinesa de soja foi mantida em 100 milhões de toneladas para o ano comercial.
  5. O preço médio aos produtores estadunidenses de soja foi restrito em US$ 12,90 por bushel para 2023/24.

Além disso, a China informou a importação de 5,16 milhões de toneladas de soja em outubro, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. A expectativa é de um recorde mensal em novembro, com estimativas aproximadas de 12 milhões de toneladas. No entanto, a demanda limitada nas propriedades rurais de suínos está restringindo as compras para o início de 2024.

Em relação ao compromisso ambiental, a Cofco International e o Modern Farming Group anunciaram um acordo inovador para a venda de soja na China. Este acordo inclui uma "cláusula clara" garantindo que o produto seja "livre de desmatamento e conversão" de florestas em trabalho. A iniciativa sinaliza um movimento da China em direção à sustentabilidade no mercado de soja, evidenciando uma preocupação crescente com as questões ambientais.

O impacto total dessas mudanças nas dinâmicas do mercado de soja permanece incerto, mas a iniciativa chinesa em prol do meio ambiente pode indicar uma tendência a ser observada nos anos seguintes.

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