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Recuo em Chicago e alta do real pressionam preços da soja

Brasil embarcou 5,5 milhões de toneladas de soja em setembro



Foto: Seane Lennon

Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços da soja no Brasil sofreram pressão baixista ao longo da semana, influenciados pela queda no mercado de Chicago e pela valorização do real, com o câmbio operando em torno de R$ 5,45 por dólar. No Rio Grande do Sul, embora a média tenha chegado a R$ 124,60 por saca, algumas praças reduziram os valores para R$ 121,00. Em outras regiões do país, os preços variaram entre R$ 119,00 e R$ 136,00 por saca.

O plantio da nova safra de soja no Brasil avançou pouco, atingindo 1,9% até o fim da semana anterior, bem abaixo dos 3,8% registrados no mesmo período do ano passado e da média histórica de 2,7%. O atraso é atribuído às condições climáticas adversas, como a seca e as queimadas que afetam o Centro-Oeste, Nordeste e Norte do país, de acordo com o levantamento da Safras & Mercado.

No Paraná, onde as chuvas voltaram a cair, o plantio chegou a 22% da área prevista, estimada em 5,8 milhões de hectares. O ritmo de plantio está superior ao do ano passado, quando 20% da área havia sido plantada, e ao de 2022, com 15%. Apesar de algumas áreas terem sido semeadas "no pó" devido à falta de chuvas anteriores, o estado mantém expectativas otimistas de colher 22,4 milhões de toneladas, 21% a mais que a safra anterior, considerada frustrada, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

Em nível nacional, a expectativa para a safra 2024/25 é de uma produção entre 165 e 171 milhões de toneladas de soja. Contudo, o atraso no plantio pode comprometer esses números, especialmente nas regiões impactadas pela seca.

No mercado de exportação, o Brasil embarcou 5,5 milhões de toneladas de soja em setembro, volume estável em relação ao mesmo período do ano passado. Já os embarques de farelo de soja somaram 1,8 milhão de toneladas, uma redução em comparação à previsão anterior de 1,97 milhão e ao volume exportado em setembro de 2023, conforme a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

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