A Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) apontou uma retração nas cotações do milho na Bolsa de Chicago nesta semana. O bushel do cereal, com vencimento no primeiro mês cotado, alcançou US$ 4,01 no dia 15 de outubro, mas fechou a quinta-feira (17) em US$ 4,06, uma queda em comparação com os US$ 4,18 da semana anterior. A retração ocorre em meio a um cenário de poucas novidades no relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 11.
Segundo o USDA, a colheita de milho nos EUA para o ciclo 2024/25 foi ligeiramente ajustada para cima, agora estimada em 386,2 milhões de toneladas. Em contrapartida, os estoques finais norte-americanos foram revisados para 50,8 milhões de toneladas, ante os 52,3 milhões projetados em setembro. No cenário global, a produção mundial do grão ficou em 1,217 bilhão de toneladas, com leve redução em relação à estimativa anterior, enquanto os estoques mundiais caíram para 306,5 milhões de toneladas, frente aos 308,4 milhões previstos em setembro, conforme o informado pela Ceema.
A produção brasileira e argentina, no entanto, permaneceram inalteradas, sendo projetadas em 127 milhões e 51 milhões de toneladas, respectivamente.
Nos EUA, a colheita de milho já alcançou 47% da área semeada até 13 de outubro, um avanço em relação à média histórica de 39% para o período. Em termos de qualidade, 64% das áreas ainda não colhidas foram classificadas como boas ou excelentes, 24% regulares e apenas 12% em condições ruins a muito ruins.
O relatório da Ceema também destacou que os embarques de milho dos EUA, até 10 de outubro, totalizaram 933.274 toneladas, elevando o acumulado do atual ano comercial para 4,3 milhões de toneladas, superando as 3,4 milhões do mesmo período do ano anterior.
De acordo com a análise, na Argentina, as chuvas retornaram a algumas regiões, mas os agricultores no oeste do cinturão agrícola foram forçados a interromper o plantio devido à baixa precipitação. Ainda assim, espera-se que o plantio de milho no país vizinho atinja 6,3 milhões de hectares, com uma produção final estimada em 47 milhões de toneladas.