Pragas prejudicam safra de pêssego em regiões do RS
Safra de pêssego apresenta diferentes cenários nas principais regiões produtoras
A safra de pêssego no Rio Grande do Sul apresenta diferentes cenários nas principais regiões produtoras do estado. As colheitas estão avançando, embora com desafios impostos pelas condições climáticas e fitossanitárias, conforme o último Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (19).
Na região de Pelotas, a safra se aproxima de 90% de conclusão. As variedades tardias, como Eldorado, estão no início da colheita, mas o desenvolvimento dos frutos foi prejudicado pela alta umidade relativa e chuvas frequentes. Esses fatores contribuem para a propagação da podridão-parda, doença fúngica que tem afetado a cultura. Além disso, a população da mosca-das-frutas está elevada, exigindo atenção redobrada dos produtores, conforme levantamento do programa Sistema de Alerta.
Em Passo Fundo, a colheita das variedades precoces já atingiu 50%. As lavouras seguem com boa sanidade devido às práticas de manejo adotadas, com destaque para as variedades BRS Kampai, PS-2 e Eragil, que representam mais de 80% dos pomares. Os frutos estão na fase final de formação e início da maturação, com bom potencial produtivo. O manejo continua com a poda verde para remoção de ramos e tratamentos preventivos.
Na região de Caxias do Sul, a cultura está em bom desenvolvimento, impulsionada pelas chuvas regulares e temperaturas amenas. No entanto, algumas lavouras enfrentam maior presença de pragas como mosca-das-frutas e grafolita, embora a incidência de doenças seja baixa. A colheita da variedade PS 10711, a mais cultivada na região, já está em andamento. Com a crescente oferta, os preços para o consumidor diminuíram, mas os valores pagos ao agricultor variam entre R$ 1,00 a R$ 2,00 por quilo para frutos pequenos, R$ 3,00 para médios e até R$ 4,00 para frutos graúdos.