Plantio da soja está atrasado no RS
Produtores aguardam um momento mais apropriado para realizar o plantio da soja
O excesso de chuvas e a atenção voltada para a colheita das culturas de inverno tem atrasado o plantio da soja no Rio Grande do Sul, segundo dados do Informativo Conjuntura, divulgado pela Emater/RS-Ascar. Conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), o período recomendado para a semeadura da soja no Estado iniciou em 01/10 e se estende até janeiro de 2024, podendo encerrar no dia 28/01, dependendo das diferenças regionais de maneira geral, as previsões meteorológicas indicam a ocorrência de chuvas acima da média ao longo de todo o ciclo da cultura, influenciadas pelos efeitos do El Niño.
Esse cenário contribui para uma abordagem mais cautelosa no início da operação, e os produtores aguardam um momento mais apropriado para realizar o plantio da soja. A estimativa inicial para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados, com perspectiva de produtividade de 3.327 kg/ha.
Veja também: Cotações da soja em Chicago apresentam semana de valorização
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Dom Pedrito, que deverá deter a maior área de cultivo de soja do Estado, com 160 mil hectares previstos, apenas 2% das lavouras foram semeadas até o momento. A perspectiva de chuvas acima da média, ao longo de todo o ciclo da cultura, reduz a necessidade de iniciar o plantio, pois as áreas semeadas até o final de novembro não devem sofrer prejuízos significativos em seu potencial produtivo. Na de Caxias do Sul, as áreas estão sendo preparadas para o início da semeadura, que se dará apenas no final de outubro.
Na de Pelotas, nas áreas onde a dessecação foi concluída, realizaram-se as primeiras semeaduras, especialmente nas áreas bem drenadas, situadas em relevos ondulados, que permitem o tráfego de máquinas e de implementos. No entanto, o percentual de plantio ainda não atinge 1% da área planejada. Também não atinge 1% a semeadura da soja na região de Santa Maria, que iniciou em Tupanciretã, Santa Maria, Santiago e municípios do Vale do Jaguari.