Plantas transgênicas medem poluição em rios

Pesquisadores da Universidade de Kobe (Japão) e Agrobioinstitute (Bulgária) desenvolveram uma maneira simples de monitorar desreguladores endócrinos (EDCs) na água do rio usando plantas geneticamente modificadas com genes de peixes medaka. Os resultados foram publicados na revista Chemosphere. 

A planta modelo de Arabidopsis geneticamente modificada exposta a apenas 5 ng / ml de 4-t-octilfenol (OP), um exemplo de um EDC, produziu níveis detectáveis de proteína fluorescente verde (GFP) em resposta à expressão do gene receptor medaka. Embora não seja um método novo inserir genes de animais em plantas para copiar uma reação específica a produtos químicos perigosos, é a primeira vez que genes de peixes são usados.  

O teste deste método revelou que as plantas com genes medaka eram 1.000 vezes melhores na detecção de OP do que o método anterior desenvolvido pela equipe. As plantas medaka também foram capazes de detectar outros EDCs, como o hormônio sexual 17β-estradiol; pesticidas imidacloprida e fipronil; e sulfonato de perfluorooctano, um contaminante global. 

Nesse mesmo sentido, cientistas japoneses descobriram como modificar geneticamente certos transportadores em células vegetais para fazê-los absorver Césio-137 (um poluente radioativo do solo) independentemente do transporte de potássio. Uma vez que ambos os elementos (césio e potássio) tendem a se mover em paralelo em transportadores convencionais, isso representaria um problema para o nível de potássio no solo ou na planta. Com a nova abordagem que consegue evitar esse problema, abre-se a possibilidade de novas plantas transgênicas com alta capacidade de limpeza de solos radioativos.