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Pesquisadores da Colômbia querem tecnologias da Embrapa


Colômbia e Brasil podem e devem aumentar o intercâmbio de tecnologias agropecuárias, pois existem semelhanças entre algumas regiões da Colômbia e do Brasil, há escassez de recursos para a pesquisa e existem problemas comuns na pecuária das duas nações. Essas foram algumas das propostas apresentadas ontem (3ª feira, dia 8), pelos pesquisadores colombianos Jaime Triana e Jorge Medrano, em visita à Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos-SP. Eles querem adotar tecnologias, manejos e processos agropecuários vistos naquele centro de pesquisa, para melhorar a produção e produtividade da pecuária de corte e leiteira da Colômbia e reduzir a degradação de pastagens. O pesquisador Jaime Triana, da Corpoica - Corporación Colombiana de Investigaciones Agricolas - ex-presidente da instituição - disse que o intercâmbio deve ser feito como negócio e sem paternalismos, dentro das relações bilaterais. Triana observou ainda que a escassez de recursos financeiros nos dois países é mais um bom motivo para a união de esforços na busca da produtividade e competitividades agrícolas. Ele se declarou favorável à maior aproximação entre as duas nações e também entre o Mercosul e o Pacto Andino (que reúne Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia). O diretor da Corpoica, Jorge Medrano, explicou que a Colômbia, mesmo com baixos índices de produtividade na pecuária, exporta, esporadicamente, pequenos volumes de carne bovina para a Venezuela, Peru, Paraguay e países do Caribe, mas também importa carne dos Estados Unidos. A Colômbia ainda tem incidência de aftosa, mas, segundo o técnico, deverá em breve ser declarada zona livre da doença, o que é oficializado pela OIE-Organisation Internationale des Épizoties, órgão internacional com sede em Paris. A Colômbia quer explorar melhor seus "llanos" - corrrespondente ao cerrado brasileiro - para dispor de maior oferta para o consumo interno e reduzir importações. Quanto ao leite, o técnico informou que há importação de leite em pó da Australia, Nova Zelândia e União Européia, mas já existe pequeno volume exportado para a Venezuela. Outra proposta dos pesquisadores venezuelanos é a tradução, para o castelhano, das milhares de publicações da Embrapa, e sua distribuição na zona tropical da América Latina. No sentido contrário, o Brasil pode se beneficiar das tecnologias e processos avançados que a Colômbia dispõe, principalmente em dendê, café, flores, controle biológico e agricultura familiar. Segundo Jaime Triana, a pesquisa entre agricultura familiar e empresarial são semelhantes, mas as diferenças e maiores dificuldades estão na transferência de tecnologias e extensão rural. Na quinta-feira, dia 10, os pesquisadores colombianos vão visitar a Embrapa Instrumentação Agropecuária.

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