Em vez da salada de fruta, um belo arranjo floral. Uma variedade de abacaxi originária da Amazônia, muito menor que a fruta original, está sendo estudada por um pesquisador do Espírito Santo para ser utilizada como planta ornamental.
O abacaxizinho cabe na palma da mão, é avermelhado, não tem espinhos nas folhas e possui um leve aroma frutado.
Até o final do mês, o pesquisador José Aires Ventura, do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), que desenvolve comercialmente a variedade, deve registrá-la no Ministério da Agricultura -primeiro passo para iniciar a produção de mudas e o cultivo comercial.
A expectativa do pesquisador é começar a produção a partir do próximo ano e comercializá-la em floriculturas.
A tendência, segundo ele, é fazer a distribuição de mudas para cooperativas de agricultores ou associações de produtores por intermédio da Secretaria da Agricultura do Estado.
De acordo com Ventura, o abacaxizinho, ainda sem nome comercial, pode ser produzido durante todo o ano, cresce rápido e dispensa o uso de agrotóxicos, pois é resistente a doenças.
"O fruto não é comestível, pois a polpa é muito fibrosa, mas ele se presta muito bem para fins ornamentais. É muito bonito", afirma o pesquisador do Incaper.
Após cortado, o fruto dura até 40 dias em arranjos.
O abacaxizinho, da variedade erectifolius, começou a ser estudado dentro de um projeto de pesquisa iniciado há nove anos por Ventura, que busca identificar uma variedade da fruta que seja resistente à fusariose, doença que ataca o abacaxi.
