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Pesquisa avalia produção em solos siltosos

Experimento ocorreu no leste de Mato Grosso com 115 variedades de soja


Foto: Marcel Oliveira

Um experimento realizado no campo experimental do Centro Tecnológico do Vale do Araguaia (Ctecno Araguaia), em Canarana (MT), avaliou o desempenho de 115 cultivares de soja em solos siltosos. Os resultados foram apresentados para produtores em um dia de campo.

O solo siltoso possui pouca coerência e se transforma em lama facilmente em contato com a água, sendo um intermediário entre a areia e a argila. São constituídos de siltes e fragmentos de rochas, são considerados instáveis e suscetíveis a erosão.

Os protocolos foram implantados em condições de textura média de solo com análise em resultados de 19% de argila, 5% de silte e 76% de areia. O objetivo é oferecer uma nova alternativa. “Estamos mostrando ao produtor uma variedade de plantação de soja em solos siltosos e repassado na íntegra os resultados ao homem do campo, para que ele possa escolher o que há de melhor na hora de plantar”, disse o produtor rural e delegado da Aprosoja-MT, Mateus Goldoni.

No evento, o consultor e pesquisador Leandro Zancanaro enfatizou a importância do uso racional de fertilizantes e a necessidade do insumo para a agricultura. “O solo do cerrado é pobre de nutrientes e ácido, e estamos aproximando a safra 2022/23 e para quem não comprou fertilizantes vai enfrentar um alto custo e nesse período o produtor terá que fazer o uso racional do insumo. Apontamos onde usar e como aproveitar a reserva de solo sem comprometer a produtividade, porque a resposta não está no produto e sim no manejo como todo”, declarou Zancanaro.

Para o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, hoje em dia nós temos muitos produtos ofertados ao produtor, centenas de variedades de soja para plantar, mas a gente sabe que tem um marketing em cima disso, só dá pra saber se é rentável ou não testando, colocando a campo e comparando, fazendo o básico e bem feito a gente consegue chegar nos resultados que trazem produtividade e renda ao produtor.

Para ele a alta dos fertilizantes nos últimos anos tem trazido inviabilidade de compra. “O momento agora é de usar a tecnologia, o conhecimento, fazer a análise de solo, uma boa cobertura de palhada para reciclar nutrientes e aí sim garantir um menor uso de fertilizantes e uma maior rentabilidade no campo”.

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