Pesquisa apura consumo atual de feijão no Brasil
"Jovens entre 20 e 30 anos [...] têm alegado que o Feijão é demorado para fazer, que engorda..."
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está iniciando, em conjunto com a UFG (Universidade de Goiás), uma pesquisa que visa avaliar o real impacto da COVID-19 sobre o consumo de Feijão no Brasil, de acordo com o Ibrafe (nstituto Brasileiro do Feijão e Pulses), entidade nacional mais representativa do setor.
“Este tipo de avaliação tem uma justificativa não somente para olharmos para o que aconteceu, mas também lançar luz sobre situações semelhantes que venham a acontecer no futuro. O que temos, claro, é que o Feijão já era percebido como fonte de saúde, e está sendo muito mais percebido agora”, aponta o Ibrafe.
Mas ainda há um hiato, de acordo com o Instituto, entre um público que precisa ser melhor avaliado, que são os jovens entre 20 e 30 anos: “Eles têm alegado que o Feijão é demorado para fazer, que engorda, que há risco em usar panelas de pressão, por exemplo. Faça a experiência e converse com algumas pessoas desta faixa etária”.
“É por isso que no Ibrafe estamos preocupados em utilizar redes sociais para desmistificar esse tipo de raciocínio. Pode ser uma gota no oceano, mas o setor precisa reagir e este pode ser o primeiro passo. Cada vez que você visualiza uma postagem dessas e compartilha, você está ajudando o seu setor a ganhar mais consumidores”, comenta o presidente da entidade, Marcelo Lüders.
MERCADO
O mercado nas fontes está estável, mantendo até R$ 290 em São Paulo. A demanda, apesar de menor esta semana, até o momento, está adaptada à oferta, que também é pequena. O brasileiro está realmente consumindo menos Feijão, mas até poucos dias atrás vinha consumindo mais do que o normal.