Perspectivas positivas para elevadores de grãos nos EUA
Dólar pode afetar demanda interna
Com a colheita nos Estados Unidos projetando a segunda maior safra de milho e soja já registrada, a perspectiva de margem para os elevadores de grãos melhorou, conforme relatório do CoBank. A produção de 15,4 bilhões de bushels de milho e 4,46 bilhões de bushels de soja ajudou a reduzir os preços para mínimas de quatro anos, impulsionando a demanda doméstica e para exportação. Além disso, a crescente demanda por ração, devido à estabilidade do setor pecuário, também contribui positivamente.
Porém, fatores como o fortalecimento do dólar americano e a incerteza sobre políticas comerciais e de biocombustíveis podem afetar a demanda externa. A possível desaceleração das exportações, agravada por tarifas retaliatórias de países como China e México, ameaça a dinâmica do mercado de exportação. O aumento nas margens de lucro do mercado futuro e a base de compra mais barata para os grãos devem beneficiar os armazenamentos de grãos no curto prazo.
Apesar da demanda doméstica robusta, especialmente por soja para a produção de diesel renovável, as margens de lucro para biocombustíveis e a incerteza política podem reduzir o uso de etanol à base de milho. A perspectiva de crescimento nas exportações de grãos se vê desafiada pela oferta global crescente e pela potencial desaceleração nas exportações. Como resultado, espera-se que os elevadores de grãos se beneficiem do aumento dos carregamentos no mercado futuro, com um cenário favorável para o armazenamento nos próximos meses.
“A combinação do crescimento da oferta global de milho e soja, desaceleração das exportações e alguma redução na demanda doméstica incentivará o armazenamento, com os elevadores de grãos se beneficiando de maiores carregamentos no mercado futuro e de uma base mais barata nos próximos meses”, disse Tanner Ehmke, economista-chefe de grãos e oleaginosas do CoBank.