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Parceria quer biodiesel a partir de óleo de fritura

O óleo é tratado, filtrado e neutralizado e passa pela reação química



Foto: Pixabay

Uma parceria entre universidades e a multinacional alemã Basf quer produzir biodiesel a partir de óleo e gordura residual (OGR), proveniente da fritura de alimentos. A matéria-prima para o projeto de pesquisa e extensão é coletada em feiras livres, restaurantes e lanchonetes de Gurupi, localizada no sul do estado do Tocantins.

A iniciativa é de um grupo de professores do curso de graduação em Química Ambiental e do Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Eles montaram uma miniusina incluindo um tanque com capacidade de 60 litros que recebe o OGR, um tanque de 40 litros com a finalidade de armazenar os reagentes utilizados no processo, com controle de temperatura e bombeamento automático. 

A produção é realizada em uma escala piloto, utilizando um reator com capacidade de produzir entre 45 a 50 litros de biodiesel por batelada, utilizando apenas óleo residual reciclado. O óleo é tratado, filtrado e neutralizado e passa pela reação química, que inclui metanol e metilato, para produzir o biodiesel.

A Basf entrou na parceria com a contribuição de metilato de sódio, catalisador usado para melhorar a produção e a qualidade do biodiesel. “É um projeto que inclui proteção ao meio ambiente com a produção de um combustível menos poluente, além de evitar o descarte de óleo e promover a economia circular”, avalia Alejandro Bossio, gerente sênior de Metilato de Sódio para a América do Sul. 

No ano passado, a empresa ampliou em 30% a capacidade de produção de sua fábrica de Metilato de Sódio em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, superando 80mil toneladas/ano, para oferecer melhor suporte e garantir o fornecimento aos produtores de biodiesel brasileiros.

“Futuramente, poderemos oferecer parcerias por meio de assessoria técnica a pequenos e médios fabricantes de biodiesel, por exemplo, para que tenham maior produtividade e melhor qualidade do combustível produzido”, considera a professora doutora em Química, Carla Jovania Gomes Colares.

A ideia da iniciativa da produção do biodiesel a partir do OGR é abrir possibilidades de projetos educacionais realizados em escolas na região, como oficinas, palestras, participação em feira de ciências e parcerias com o comércio local, levando ao conhecimento da comunidade, os projetos de extensão. Assim, se apresentam formas de reaproveitar o óleo, demonstrando que é possível desenvolver um trabalho educativo ambiental de forma significativa, buscando uma aprendizagem completa e de formação educacional e social. O projeto também pretende levar para as escolas parceiras do município, quando houver o retorno das aulas presenciais, a simulação da produção de biodiesel com um mini kit de porte reduzido.
 

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