Paraná vê preços do trigo recuarem levemente
Em Santa Catarina, a demanda fraca por farinha tem reduzido as compras de trigo
Em Santa Catarina, a demanda fraca por farinha tem reduzido as compras de trigo - Foto: Divulgação
A TF Agroeconômica informou que a ausência de compradores de fora do Rio Grande do Sul tem aumentado os estoques e pressionado os preços do trigo no estado. Atualmente, a disponibilidade local é estimada em 1,15 milhão de toneladas, o que mantém os moinhos mais tranquilos, enquanto a demanda externa segue baixa.
Para março, os compradores indicam valores de R$ 1.280,00 por tonelada para trigo comum e R$ 1.350,00 para variedades mais fortes, enquanto vendedores pedem entre R$ 1.300,00 e R$ 1.400,00. No mercado de exportação, há apenas fechamento de posições conforme a programação dos navios, com preços no porto variando entre R$ 1.280,00 e R$ 1.350,00 por tonelada. O preço da saca em Panambi manteve-se em R$ 65,00.
Em Santa Catarina, a demanda fraca por farinha tem reduzido as compras de trigo, com os moinhos esperando uma melhora com o retorno das aulas. O farelo também teve queda nos preços, chegando a R$ 1.100,00 ensacado. Algumas cooperativas estão segurando estoques para aguardar possíveis altas.
O mercado segue lento, com trigo oferecido a R$ 1.400,00/t FOB, enquanto lotes do Rio Grande do Sul chegam ao estado ao redor de R$ 1.600,00/t, incluindo frete e ICMS. Os preços da saca mantiveram-se estáveis em Canoinhas (R$ 72,00), Chapecó (R$ 69,00), Rio do Sul (R$ 68,00) e Xanxerê (R$ 73,00), enquanto Joaçaba teve alta para R$ 74,33.
No Paraná, os preços mais comuns para entrega em março e pagamento em abril giram em torno de R$ 1.450,00 CIF para os moinhos do centro-sul. Negócios pontuais foram fechados a R$ 1.400,00 FOB por produtores que precisaram liberar espaço para soja e milho. No norte e oeste do estado, os compradores estão entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00 posto moinhos, mas com logística programada para março.
O frete tem subido desde o início do ano, impulsionado pela safra de milho e a proximidade da colheita da soja. O trigo importado, especialmente o argentino comprado no ano passado, chega ao porto a preços entre US$ 280 e US$ 290 por tonelada. A média estadual da saca recuou 0,08%, para R$ 72,85, com o lucro médio do triticultor caindo para 6,07%.
