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Paraguai incinera animais com aftosa


O Paraguai iniciou ontem o sacrifício de animais contaminados pela febre aftosa nas comunidades indígenas de São Paulo e São Pedro, na localidade de Laguna (815 km de Assunção), Departamento (estado) de Boquerón. Até a tarde haviam sido sacrificados 300 animais, entre bovinos, caprinos e bubalinos. Alguns bovinos, segundo os índios, eram provenientes da Argentina, uma vez que há um acordo entre as comunidades para intercâmbio e engorda dos animais. Foram tomadas ainda outras medidas de emergência sanitária, com a incineração dos animais, apresar dos protestos dos índios, que perderam praticamente todo rebanho que tinham.

A Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) pede a colaboração dos produtores da região de fronteira com o Paraguai para evitar que a febre aftosa que contamina os rebanhos daquele país atinja lado brasileiro. Na terça-feira, o governo brasileiro voltou a suspender a importação de carne maturada e desossada do Paraguai em função do surgimento do foco de aftosa.

Ontem o secretário de Agricultura do Paraná, Felisberto Baptista, informou que a primeira medida adotada pelo estado é a proibição de entrada no Paraná de animais vivos procedentes do Paraguai. Ele pediu o apoio dos pecuaristas, com adoção de medidas de controle sanitário e a não aquisição de animais com procedência duvidosa. O último caso de febre aftosa naquele país foi detectado no fim do ano passado, levando o Brasil a suspender as importações de animais vivos (bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos), produtos e subprodutos.

O Brasil doará para o Paraguai kits de diagnósticos do vírus para análise de 5 mil amostras, além de colocar à disposição pessoal para apoio técnico. Um acordo de cooperação firmado no ano passado entre os dois países garantiu também a doação de 6 milhões de doses de vacinas contra a aftosa e equipamentos indispensáveis ao controle da doença. Cerca de 1,5 milhão de doses já foram enviadas.

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