É incrível como muitas pessoas, e a mídia em geral, tratam como venenos.....os defensivos agrícolas. Será que os antibióticos, os medicamentos que tomamos quando necessário, seriam também venenos? Afinal o que é um veneno? Paracelsus (ou Aureolus Philippus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim – que viveu entre 1493 e 1541), tido por muitos como o pai da toxicologia, lançou o conceito de que o veneno depende da dose. Ou seja, tudo é veneno e não é veneno, dependendo da dose. Assim, qualquer elemento tóxico é seguro em baixas doses. O fato que este é o caso dos produtos farmacêuticos e pesticidas. Por exemplo, atualmente se discute a questão do sal na mesa dos restaurantes. Isso também em dose elevada é veneno, bem como açúcar em doses elevadas, porque pode matar. Mais ainda, algumas substâncias, embora tóxicas em altas doses, podem ser estimulantes em doses muito baixas. Isto se chama Hormese, mas este é um outro assunto.
Tem-se constatado níveis acima do desejado de alguns ingredientes ativos nos seres humanos. Será que alguém já pensou que esse aumento poderia estar relacionado com a dengue? As pessoas passam os inseticidas no corpo, diretamente, porque não querem ser atacados pelos mosquitos. O pesticida, no caso, como é protetor, não é tido como veneno. É usado diretamente no corpo, nas crianças, nos adultos, e quem sabe até no cachorrinho, de uma forma exagerada.
Se o índice de câncer está aumentando em função do consumo hortaliças e frutas supostamente fora dos padrões, isto quer dizer que o nosso índice de consumo destes produtos está aumentando? A OMS recomenda consumirmos ao menos 400 g/dia ou mais ou menos 150 kg/ano/per capita, no entanto consumimos somente 40 a 42 kg de frutas e hortaliças, isso na região Sul/Sudeste, que dirá Norte/Nordeste, onde o consumo é muito baixo, 16 kg. Na Itália se consome cerca de 160 kg, EUA 99 kg e em Israel 73 kg. Um pesquisador do INCA (Instituto Nacional do Câncer) afirmou que o consumo de hortaliças e frutas de boa procedência é um método preventivo de combate o câncer.
É lamentável a total desinformação que existe e persiste. Desde o pequeno produtor até, e principalmente, o consumidor. Infelizmente os órgãos responsáveis pela divulgação, esclarecimento da população, não tem tido a responsabilidade de construir bons artigos, reportagens com qualidade jornalística séria. Normalmente as reportagens exploram os pontos negativos da produção de hortaliças e frutas. É bom lembrar que o uso indiscriminado de defensivos agrícolas é crime. É bom lembrar ainda que, quando usados na dose correta, os defensivos agrícolas são inócuos ao ser humano. Lembra do Paracelsus?
A grande verdade, que encontra resistência em sua divulgação, pois o pecado é mais interessante que a virtude, é que a produção de hortaliças no Brasil, a cada dia que passa, tem utilizado cada vez mais de boas práticas agrícolas, para produzir mais e melhor, com qualidade para atender a nossa população. Afinal, ainda precisamos consumir muito mais hortaliças do que consumimos atualmente.
Escrito por Rumy Goto, membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), professora adjunta da UNESP/FCA, na área de produção de hortaliças, Mestre em Agronomia/Horticultura e Ciro Antonio Rosolem, Vice-Presidente de Estudos do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu)
Sobre o CCAS
O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel
Tem-se constatado níveis acima do desejado de alguns ingredientes ativos nos seres humanos. Será que alguém já pensou que esse aumento poderia estar relacionado com a dengue? As pessoas passam os inseticidas no corpo, diretamente, porque não querem ser atacados pelos mosquitos. O pesticida, no caso, como é protetor, não é tido como veneno. É usado diretamente no corpo, nas crianças, nos adultos, e quem sabe até no cachorrinho, de uma forma exagerada.
Se o índice de câncer está aumentando em função do consumo hortaliças e frutas supostamente fora dos padrões, isto quer dizer que o nosso índice de consumo destes produtos está aumentando? A OMS recomenda consumirmos ao menos 400 g/dia ou mais ou menos 150 kg/ano/per capita, no entanto consumimos somente 40 a 42 kg de frutas e hortaliças, isso na região Sul/Sudeste, que dirá Norte/Nordeste, onde o consumo é muito baixo, 16 kg. Na Itália se consome cerca de 160 kg, EUA 99 kg e em Israel 73 kg. Um pesquisador do INCA (Instituto Nacional do Câncer) afirmou que o consumo de hortaliças e frutas de boa procedência é um método preventivo de combate o câncer.
É lamentável a total desinformação que existe e persiste. Desde o pequeno produtor até, e principalmente, o consumidor. Infelizmente os órgãos responsáveis pela divulgação, esclarecimento da população, não tem tido a responsabilidade de construir bons artigos, reportagens com qualidade jornalística séria. Normalmente as reportagens exploram os pontos negativos da produção de hortaliças e frutas. É bom lembrar que o uso indiscriminado de defensivos agrícolas é crime. É bom lembrar ainda que, quando usados na dose correta, os defensivos agrícolas são inócuos ao ser humano. Lembra do Paracelsus?
A grande verdade, que encontra resistência em sua divulgação, pois o pecado é mais interessante que a virtude, é que a produção de hortaliças no Brasil, a cada dia que passa, tem utilizado cada vez mais de boas práticas agrícolas, para produzir mais e melhor, com qualidade para atender a nossa população. Afinal, ainda precisamos consumir muito mais hortaliças do que consumimos atualmente.
Escrito por Rumy Goto, membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), professora adjunta da UNESP/FCA, na área de produção de hortaliças, Mestre em Agronomia/Horticultura e Ciro Antonio Rosolem, Vice-Presidente de Estudos do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu)
Sobre o CCAS
O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel