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Palocci defende o fim do protecionismo na agricultura em países desenvolvidos


O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, esteve ontem (23-01) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, participando da abertura do terceiro Forum Social Mundial. Palocci criticou o protecionismo econômico praticado nos países de primeiro mundo, principalmente com a aplicação de tarifas elevadas para produtos importados.

Além disso, ele afirmou que as restrições dos países europeus aos produtos brasileiros ocorrem porque aqueles não conseguem competir no ramo do agronegócio. “O desempenho do agronegócio brasileiro vem garantindo superávit na balança comercial nos últimos meses, sendo um exemplo a ser seguido. Quando os países desenvolvidos não conseguem competir com o Brasil barram nossos produtos justificando doenças nos rebanhos, ao invés de se preocuparem em produzir com qualidade”, destaca Palocci.

Ele reprovou também o excesso de investimento por parte dos governos de países desenvolvidos destinado aos agricultores. Segundo ele, essa também é uma forma injusta de competição, visto que países subdesenvolvidos não conseguem competir com subsídios elevados dos países europeus e dos Estados Unidos.

Para que o Brasil continue produzindo com qualidade no ramo do agronegócio, o ministro da Fazenda ressalta que o governo pretende investir em cooperativas para estimular os agricultores. Ele ressaltou que o cooperativismo vem apresentando números excelentes e que o investimento seria um estímulo para que continuem produzindo. Outra medida defendida por Palocci é de que as taxas de juros cobradas pelos empréstimos bancários sejam menores. Com essa medida, segundo ele, a inadimplência diminuiria, além de ser um incentivo aos produtores.

Em sua visita ao Rio Grande do Sul, assegurou ao governador do Estado, Germano Rigotto, que as mudanças tributárias e na previdência serão prioridades e comentou a importância em aprová-las o mais breve possível. “Sem as reformas na previdência e tributária não há como fazer os Estados crescerem. Essas reformas são fundamentais porque a União não pode mais continuar com um rombo nas contas públicas”, afirma. Com isso, Palocci convocou empresários, trabalhadores e entidades para apresentarem soluções ao governo com o intuito de não prejudicar nenhuma classe social com as mudanças.

Quanto aos trasngênicos o ministro acredita que esse é um assunto muito delicado e precisa ser discutido com paciência para que o Brasil não perca mercado. Ele não soube afirmar quando pode ser votada a lei que libera testes com organismos modificados geneticamente (OGMs), que já está para ser votada há cerca de um ano. Palocci viaja ainda hoje (24-01) para Davos, na Suíça, junto com o presidente Lula para participar do Fórum Econômico Mundial.

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