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Os segredos da plantabilidade do milho

Falta de nutrientes durante o período vegetativo pode acarretar menor produtividade



Foto: Pixabay

O Brasil colheu uma boa 1ª safra de milho, com 25,5 milhões de toneladas. Na 2ª safra a expectativa é de colher 73,5 milhões de toneladas e, na 3ª, plantada em alguns estados, volume de 1,4 milhão de toneladas. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento.

O milho vem ganhando espaço pelos bons preços praticados e expansão de usinas de biodiesel. Alguns estados como o Rio Grande do Sul, estão incentivando a expansão de área para a autossuficiência do grão devido ao aumento de demanda da produção de proteína animal.

A cultura vive um bom momento e para apostar em maiores produtividades a tecnologia pode auxiliar o produtor. Nunca se falou tanto em plantabilidade. Você conhece? O termo se refere a forma como ocorre a deposição de sementes pela plantadeira. Se elas caem de forma correta, com homogeneidade entre os espaçamentos entre semente e linha de plantio. A má distribuição longitudinal das plantas diminui a eficiência no aproveitamento dos recursos disponíveis, como água, nutrientes e luz.

O assunto foi tema de uma das palestras do 8º Nutriexperts, promovido pela Compass Minerals – Plant Nutrition, nesta sexta-feira (17). O engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Ithamar Prada, destaca que o produtor que quer sucesso na lavoura de milho não pode negligenciar a plantabilidade, uma vez que, nos estágios iniciais de crescimento da planta que ela demanda mais nutrientes e isso é fundamentais para o rendimento na colheita. "Na fase da germinação, a semente absorve cerca de 30% a 35% de seu peso em água e nutrientes, assim é muito importante que eles estejam à disposição. A emergência rápida e uniforme das plântulas é de extrema importância para a cultura do milho", explica.

As recomendações

O especialista ressalta que a falta de nutrientes durante o período vegetativo pode acarretar menor desenvolvimento tanto das raízes quanto da parte aérea, comprometimento do metabolismo das plantas e menor acúmulo de massa seca. Além disso o menor acúmulo de fotoassimilados no colmo torna a planta mais suscetível ao estresses hídrico, térmico e ataques de pragas. Já no período reprodutivo, pode-se ter alta esterilidade de plantas, mau desenvolvimento de espiga, baixo peso de grãos e, por consequência, menor produtividade. 

“Quando bem aportados os nutrientes na fase inicial, as plantas ficam mais vigorosas, sofrem menos acamamento e têm melhor enchimento de grãos”, informa Prada.

Tecnologia inédita para safra e safrinha

Os produtores terão a disposição já para esta safra e safrinha um novo produto, considerado inédito para o desenvolvimento inicial das plantas. Chamado de Nutriflow, a tecnologia substitui o grafite no plantio e fornece nutrientes importantes para as fases iniciais, como fósforo, zinco e manganês, elementos que aportam energia, ajudam no controle de patógenos, aceleram a germinação e fortalecem as raízes.

O produto é aplicado diretamente na caixa da plantadeira, melhorando a plantabilidade da semente. “A aplicação diretamente nas sementes permite um melhor aproveitamento
dos nutrientes na fase de germinação e emergência, quando as plântulas ainda não desenvolveram raízes o suficiente para captação desses nutrientes no solo. Não há nenhum produto similar no Brasil hoje”, afirma Prada que também é diretor de Marketing e Inovação da Compass Minerals, empresa desenvolvedora do produto.

Estudos de campo com o produto mostraram um acréscimo de 30,2% em volume de raízes, o que traz maior absorção de água e nutrientes e maior tolerância a veranicos. Na parte aérea houve um acréscimo de 26,2% em volume.

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