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Operadores aeroagrícolas em alerta por presença de drones

Vinte e dois por cento dos operadores aeroagrícolas norte-americanos relataram que eles ou um de seus pilotos avistaram um drone em voo enquanto operavam uma aeronave agrícola em 2022


Foto: Arquivo Agrolink

Vinte e dois por cento dos operadores aeroagrícolas norte-americanos relataram que eles ou um de seus pilotos avistaram um drone em voo enquanto operavam uma aeronave agrícola em 2022. A pesquisa foi feita pela Associação Nacional de Aviação agrícola dos Estados Unidos (NAAA, na sigla em inglês), numa amostragem de 193 entrevistados. O dado acendeu o sinal de alerta em um país que possui cerca 3,6 mil aeronaves agrícolas e em torno de 800 mil drones registrados (dos quais cerca de 300 mil são profissionais). O assunto foi o tema, no último dia 10, de uma entrevista do diretor-executivo da NAAA, Andrew Moore, para o canal RFD-TV, em Nashville, no Estado do Tennessee.

A entrevista ao vivo, via telefone, foi para o programa Market Day Report, que cobre as notícias do agronegócio, clima e mercado de commodities de todo o mundo. Na conversa com âncora  Tammi Arender, Moore destacou o esforço da NAAA para a conscientização dos operadores de aparelhos remotos quanto à segurança das aeronaves tripuladas. Ele lembrou que a prioridade de voo é das aeronaves tripuladas, mesmo em baixa altura. O dirigente destacou também o esforço da NAAA para que os operadores remotos tornem seus aparelhos mais visíveis – com luzes estroboscópicas e pinturas chamativas, por exemplo.

Segundo Moore, a aviação agrícola nos Estados Unidos trata anualmente 51,4 milhões de hectares em lavouras diversas, além de 2 milhões de hectares de florestas, 7,9 milhões de hectares de pastagens, além do combate a mosquitos e 1,6 de hectares de culturas de cobertura. A preocupação com acidentes aumenta à medida que se intensificam os trabalhos em campo na primavera no Hemisfério Norte. Com auge previsto para o verão (que lá vai de junho a setembro).

CONSCIENTIZAÇÃO

Por conta disso, aliás, a coirmã do Sindag na América do Norte reforçou no início deste mês a campanha de conscientização para operadores de aeronaves não tripuladas. O que, além de informações sobre legislação e riscos do voo remoto em áreas de operações de aviões e helicópteros, cita cases de quase acidentes com operador aeroagrícola, potencial de danos em caso de colisões e outras informações. A NAAA também orienta os operadores remotos a consultarem a ferramenta da entidade para localizar operadores aeroagrícolas e se comunicarem com eles antes de cada voo.  

Lembrando que, além dos drones de aplicações em lavouras, o esforço da NAAA foca especialmente nos aparelhos de imagens e até os drones recreativos. Que por lá já causaram sérios problemas inclusive em operações de combate a grandes incêndios florestais – suspendendo voos e deixando moradores e bombeiros em risco em solo na linha de frente das chamas (fora o dano ambiental).  

Os dados são do Sindag.

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