ONU usará tecnologia nuclear para produzir arroz resistente às mudanças climáticas na Ásia
Os quatro países são responsáveis por 90% do arroz produzido no mundo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aplicará tecnologia nuclear para tornar as plantações de arroz na Ásia resistentes às futuras alterações dos padrões climáticos. Iniciativa beneficiará agricultores de Bangladesh, Camboja, Laos e Nepal. Os quatro países são responsáveis por 90% do arroz produzido no mundo. Projeto é financiado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que liberará 400 mil dólares para o programa.
Nos últimos anos, as quatro nações tiveram sua produção reduzida devido a pragas, doenças de plantas, inundações e secas extremas. Problemas estão associados ao aumento da temperatura. Outra consequência negativa identificada pela AIEA é a elevação do nível do mar, o que aumenta a salinidade e reduz a fertilidade dos solos nas áreas costeiras.
A agência da ONU planeja implementar técnicas nucleares para ajudar agricultores a melhorar a gestão da água e a otimizar o uso de fertilizantes. Objetivo é aumentar rendimentos a baixo custo. A expectativa da AIEA é de que a utilização da tecnologia também permitirá reduzir as emissões de gases do efeito estufa geradas pela produção de arroz.
Agência da ONU pela segurança alimentar
O projeto será financiado pelo Fundo da OPEP para o Desenvolvimento Internacional, que liberará outros 200 mil dólares para uma iniciativa da AIEA voltada para a pecuária de países asiáticos.
No Camboja, Laos, Mianmar e Vietnã, o organismo das Nações Unidas ajudará comunidades a adotar testes para identificar precocemente casos de febre aftosa e de outras doenças que afetam o gado.
A AIEA deve treinar veterinários dos quatro países no uso desses métodos diagnósticos. Formações terão o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e abordarão também técnicas de controle de enfermidades.
Na avaliação do diretor-geral do Fundo da OPEP, Suleiman Jasir Al-Herbish, “os dois projetos vão ajudar a melhorar a segurança alimentar e, em última instância, o crescimento socioeconômico, dois elementos essenciais da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável“.