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Clima compromete colheita e produção de óleo de palma

Produção de óleo de palma na Malásia é impactada por chuvas



Foto: Divulgação

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo as projeções da produção de óleo de palma da Malásia para o ano de comercialização (MY) 2024/25, estimando um total de 19,3 milhões de toneladas métricas. O valor representa uma redução de 3% em relação ao mês anterior e de 2% em comparação ao ano anterior. O rendimento médio caiu para 3,45 toneladas por hectare, também 3% menor em ambas as bases de comparação, enquanto a área colhida permanece estável em 5,6 milhões de hectares, um aumento de 1% em relação a 2023, conforme os dados do relatório World Agricultural Production (WAP) de dezembro.

Segundo USDA, o cenário climático adverso tem sido um fator determinante para os números negativos. No final de novembro, a Península da Malásia enfrentou chuvas equivalentes a seis meses em apenas cinco dias, resultando em inundações generalizadas em nove estados. As áreas mais afetadas foram Kelantan, Terengganu e o norte de Perak, regiões responsáveis por cerca de 5% da produção nacional de óleo de palma.

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As inundações prejudicaram as operações de colheita e logística, atrasando o escoamento e comprometendo os volumes mensais de óleo de palma bruto (CPO). Embora a maior parte da produção do país esteja concentrada nas regiões central e sul da península, os impactos climáticos no norte evidenciam a vulnerabilidade do setor às mudanças climáticas.

Além das chuvas extremas, o Conselho de Óleo de Palma da Malásia havia indicado em seu relatório de outubro uma redução de 6% na produção anual de CPO em comparação a 2023, além de um desempenho 2% inferior à média dos últimos cinco anos. Outubro, historicamente o mês de maior produção, registrou resultados aquém do esperado, assim como setembro e agosto.

A Malásia, segunda maior produtora global de óleo de palma, responde por cerca de 25% da produção mundial, competindo diretamente com a Indonésia, líder no setor. Especialistas apontam que as adversidades climáticas, aliadas às pressões internacionais por sustentabilidade na cadeia de produção, devem continuar desafiando o crescimento do segmento no curto prazo. Com o início do ano comercial de 2024/25 em outubro, o USDA seguirá monitorando os impactos das condições climáticas sobre a produção e o mercado global. 

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