Oferta reduzida de trigo de qualidade impulsiona importações brasileiras da Argentina
Agentes do setor de moinhos brasileiros estão enfrentando um desafio devido à escassez de trigo tipo 1 no mercado interno
Agentes do setor de moinhos brasileiros estão enfrentando um desafio devido à escassez de trigo tipo 1 no mercado interno. Segundo informações divulgadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a oferta doméstica do cereal de alta qualidade está em baixa, impulsionando a busca por alternativas, sendo uma delas a importação do trigo argentino.
De acordo com dados compilados pelo Cepea, a demanda por trigo tipo 1 tem crescido consideravelmente no Brasil, porém, a oferta nacional não tem sido capaz de suprir essa demanda crescente. Diante dessa situação, os agentes do setor têm voltado seus olhares para o mercado argentino, onde não apenas a qualidade do cereal está em conformidade com as necessidades, mas também os preços se mostram mais competitivos em comparação com o mercado interno brasileiro.
Conforme relatórios da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o período de 11 a 15 de março, a paridade de importação do trigo proveniente da Argentina foi calculada em US$ 229,55 por tonelada, com entrega no Paraná. Considerando a taxa de câmbio média do período, que foi de R$ 4,9814 por dólar, o preço do trigo importado chegou a aproximadamente R$ 1.143,46 por tonelada. Em contraste, o preço médio do trigo nacional, no mesmo período e localidade, foi de R$ 1.240,38 por tonelada, segundo dados do Cepea.
No Rio Grande do Sul, a situação se mantém semelhante, com a paridade do trigo argentino estabelecida em US$ 214,47 por tonelada, equivalente a cerca de R$ 1.068,34 por tonelada, enquanto o preço médio do trigo nacional, conforme o Cepea, atingiu R$ 1.184,60 por tonelada.