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Ocesc mobiliza esforços para combater foco de Doença de Newcastle

Colaboração visa minimizar o impacto da doença


Foto: Pixabay

A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) se uniu a diversas entidades do agronegócio para enfrentar um foco de Doença de Newcastle (DNC) confirmado no município gaúcho de Anta Gorda. A colaboração visa minimizar o impacto da doença e assegurar a proteção do estado e das exportações.

Vanir Zanatta, presidente da Ocesc, elogiou a resposta ágil da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que rapidamente implementou medidas sanitárias para conter o surto. Zanatta destacou que a DNC pode causar grandes perdas econômicas devido à possível suspensão das exportações de aves e produtos avícolas, o que afetaria significativamente o comércio internacional.

Entre as ações adotadas estão a análise da movimentação de animais e produtos de origem animal da região afetada, vigilância intensiva em propriedades que receberam animais de Anta Gorda nos últimos 30 dias e orientações para a desinfecção de veículos nos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul.

Os veterinários da Cidasc também foram instruídos a monitorar atentamente casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), que inclui tanto a Doença de Newcastle quanto a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap). As orientações durante as inspeções e certificações de rotina foram reforçadas, enfatizando a importância da biosseguridade para prevenir doenças avícolas.

Zanatta ressaltou que Santa Catarina se tornou uma referência em sanidade animal no Brasil, graças ao esforço conjunto de produtores, agroindústrias e governo. Ele reforçou a necessidade de manter esse status por meio de uma vigilância sanitária e atenção veterinária eficazes.

O estado, que é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, deve sua posição ao cumprimento rigoroso das normas de biosseguridade na avicultura e ao trabalho contínuo da Cidasc, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Essas ações são fundamentais para prevenir a entrada de doenças que possam comprometer a produção catarinense.

A Ocesc pede a colaboração da população para manter o estado livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap) e Doença de Newcastle (DNC). A transmissão dessas doenças pode ocorrer por meio do ar, água, alimentos contaminados e contato com aves doentes ou selvagens. Medidas de biosseguridade, como a cloração da água das aves e a restrição de acesso a granjas, são cruciais para evitar a propagação.

A Doença de Newcastle, que deve ser notificada imediatamente à Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa), é uma enfermidade viral que afeta aves, causando sintomas respiratórios, manifestações nervosas e alta mortalidade. O vírus pertence ao grupo Paramixovírus aviário sorotipo 1 (Apmv-1) e é altamente perigoso para a avicultura comercial. Os últimos surtos no Brasil foram registrados em 2006 em aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

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