Oceanos serão cultivados para alimentar o mundo
Ao desenvolver variedades de arroz com tolerância à salinidade a Alora produzir alimentos sem depender de área agrícolas cultivares
Desde 2019, os fundadores da startup agrícola Alora, com sede no Canadá, pretendem utilizar a engenharia genética para alterar radicalmente a forma como as culturas terrestres podem ser cultivadas.
Ao desenvolver variedades de arroz com tolerância à salinidade a Alora produzir alimentos sem depender de área agrícolas cultivares. A proposta da empresa contribuirá, se der certo, com a redução do uso de água na agricultura tradicional e a possibilidade de expansão das áreas de produção de alimentos. Além disso, a empresa pretende eliminar as emissões de metano associadas às técnicas tradicionais de cultivo de arroz hoje em produção, pois em água salina, nos oceanos, o sal que inibe o crescimento de bactérias emissoras de metano.
Com a tolerância a salinidade, as plantas podem crescer e produzir, seja flutuando na superfície do oceano, ou em solos que foram salinizados por águas de irrigação impropria – como já aconteceu em várias regiões do nosso planeta.
Utilizando a biotecnologia, a startup já conseguiu modificar plantas de arroz para serem tolerantes ao sal até condições de 16 gramas de sal por litro de água, o que ainda não é o suficiente para cultivo nos oceanos, mas a empresa pretende aumentar ainda mais essa tolerância à salinidade, até 24 gramas por litro até o final do ano.
Com planos de ter o seu primeiro local agrícola completo implantado e operacional em pouco mais de um ano, a empresa pretende levar o conceito a uma escala global até 2026, listando o Quénia, a Namíbia, Madagáscar, a Índia e os Estados Unidos como locais de maior potencial para o arroz oceânico.
A partir de 2025, começaremos a pensar em anexar diferentes tecnologias a essas fazendas ao mesmo tempo. Portanto, fontes de energia renováveis, painéis solares, por exemplo, ou maremotos ou sistemas reais de geração de energia das ondas.