O que fazer com a soja?
A recomendação da TF Agroeconômica é não esperar
De acordo com a TF Agroeconômica, o cenário atual do mercado de soja aponta para uma tendência de queda nas cotações devido ao aumento da oferta e à redução da demanda. O único fator que poderia reverter essa tendência seria uma mudança climática significativa ou um evento político relevante, como uma possível vitória de Trump ou Kamala Harris nos EUA.
Se Trump vencer e estabelecer sanções contra a China, os prêmios da soja brasileira poderiam subir drasticamente, já que os chineses aumentariam suas compras na América do Sul. No entanto, com Kamala Harris, a lei da oferta e demanda manteria a tendência de queda. Além disso, uma crise geopolítica no Oriente Médio poderia afetar o mercado, mas ainda não se concretizou.
No que diz respeito à análise fundamental, o relatório semanal do USDA para o período de 4 a 10 de outubro trouxe fatores positivos, com vendas de 1.702.700 toneladas, superando as expectativas anteriores. A China liderou as compras, com quase 1 milhão de toneladas adquiridas. No Brasil, a demanda de óleo de soja para biodiesel continua sustentando os preços, enquanto o farelo de soja também encontra mercado garantido. Por outro lado, fatores de baixa incluem as condições climáticas favoráveis nos EUA, que permitem uma colheita recorde, e as chuvas no Brasil Central, que aliviam o déficit hídrico e aceleram o plantio.
Na análise técnica, observa-se que os fundos de investimento aumentaram suas posições vendidas em contratos futuros de soja, apostando na continuidade da queda de preços. O relatório de Compromisso dos Traders mostrou um aumento de 18.543 contratos, atingindo uma posição líquida de venda de 40.341 contratos, equivalente a 5,49 milhões de toneladas.
A recomendação da TF Agroeconômica é não esperar por eventos que revertam essa tendência, já que oportunidades lucrativas foram perdidas anteriormente. A orientação é aproveitar as margens de lucro disponíveis para melhorar a média de preços durante esta safra.