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O que esperar do mercado da soja?

Atraso na colheita da safra de soja tem mantido instáveis os custos logísticos



 Adversidades climáticas afetam mercado agrícola Adversidades climáticas afetam mercado agrícola - Foto: Pixabay

As recentes adversidades climáticas têm lançado sombras sobre os campos brasileiros, com impactos no mercado agrícola. De acordo com o boletim da Grão Direto, as chuvas previstas se concretizaram na última semana e mais precipitações são esperadas nos próximos dias. Isso tem mantido cerca de 50% dos produtores rurais ainda sem iniciar a colheita da soja, afetando a entrada do produto no mercado e gerando aumentos nos indicativos de compra para entregas a prazos mais longos.

O atraso na colheita da safra de soja tem mantido instáveis os custos logísticos, que ainda não se estabilizaram em sua tradicional temporada de alta. No entanto, espera-se uma mudança nesse cenário no próximo mês de abril, à medida que a colheita avança e os produtores enfrentam a pressão para cumprir seus compromissos financeiros.

Apesar dos desafios enfrentados localmente, há sinais de esperança no horizonte internacional. As exportações de soja brasileira estão 30% acima do último ano, o que pode indicar uma reversão na tendência do mercado, historicamente pressionado pela baixa demanda. Este aumento nas exportações coincide com previsões do relatório do USDA, trazendo uma luz no fim do túnel para os produtores locais.

Além disso, novos elementos estão emergindo no cenário internacional, como o aumento das compras de farelo pela China e os desafios na produção de óleo de palma na Malásia. Estes fatores têm contribuído para manter os prêmios próximos ao positivo para entregas em maio e junho, enquanto o mercado de óleo vegetal se aquece com a iminência da temporada de alta dos combustíveis.

No contexto econômico, o dólar está próximo dos R$5,00, após o anúncio de um Payroll nos EUA acima das expectativas, que gerou discussões sobre a resistência dos EUA aos métodos de contenção da inflação. Para o Brasil, que planeja cortar mais 0,5% na próxima reunião, permanece a incerteza se esse resultado pode influenciar em um corte mais conservador da política monetária.

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