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O que esperar da produção de citros?

No Rio Grande do Sul, safra de citros segue em ritmo de colheita



Foto: Seane Lennon

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (17) pela Emater/RS-Ascar, no Rio Grande do Sul,  a safra de citros segue em ritmo de colheita, com alta nos preços impulsionada pela menor oferta de algumas variedades e condições climáticas adversas. A região administrativa de Lajeado, que inclui municípios como Bom Princípio e Pareci Novo, no Vale do Caí, é responsável pelo cultivo de 1.056 hectares de bergamota, 307 hectares de laranja e 146 hectares de limão.

Os pomares de bergamota estão no fim da colheita, incluindo as cultivares mais tardias, que alcançaram um preço de R$ 70,00 por caixa de 20 kg. A colheita da laranja Valência também está se encerrando, com preços em alta, chegando a R$ 45,00 por caixa de 20 kg para suco e R$ 60,00 para mesa. A produção da lima ácida Tahiti está baixa, assim como a oferta geral da fruta. Está baixa também a oferta de limão. A estiagem em São Paulo, maior produtor nacional, agravou a situação, com a caixa de 20 kg do limão sendo comercializada entre R$ 100,00 e R$ 120,00, com tendência de alta. Apesar das dificuldades deste ano, as boas floradas indicam uma expectativa positiva para a safra de 2025.

Na região de Passo Fundo, a safra de laranja deve se estender até o início de novembro, com os produtores intensificando o manejo rigoroso e os tratamentos fitossanitários semanais para o controle de pragas e doenças. Devido à menor oferta, espera-se um aumento nos preços, especialmente para frutas de qualidade superior. Inicialmente, a previsão de produtividade da laranja era entre 40 e 45 toneladas por hectare, mas a produção efetiva ficou em cerca de 35 t/ha, afetada pelo excesso de chuvas durante a floração, o que favoreceu o surgimento de doenças fúngicas, como antracnose e podridão-parda. Para a bergamota Montenegrina, a produtividade esperada também foi reduzida de 25 t/ha para 20 t/ha devido à geada de agosto, que queimou as brotações novas, mas não impactou significativamente a florada.

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Em Maximiliano de Almeida, os preços da laranja Valência estão em R$ 2,10 por quilo para o mercado e R$ 1,80/kg para a indústria. A laranja umbigo da variedade Monte Parnaso está cotada a R$ 2,50/kg, enquanto a bergamota Montenegrina alcança R$ 2,60/kg.

Na região de Soledade, os citros estão na fase de fixação de frutos. Nos cultivos de laranja umbigo, foram concluídos os tratamentos fitossanitários para prevenção de podridão floral e antracnose. Os produtores seguem com as adubações de cobertura entre setembro e fevereiro para estimular os fluxos de brotação e manter a regularidade da produção. As condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento dos citros, resultando em grandes fluxos de brotações. A colheita das variedades de bergamota Murcott e Montenegrina está em andamento, com frutos de excelente qualidade. A laranja para suco e para venda in natura também está sendo colhida.

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