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O preço do arroz subiu 30%?

“É inverídico que os preços do arroz subiram de 30% a 40% no Brasil"



O especialista afirma que os preços globais do arroz têm se mantido altos desde que a Índia, maior exportador mundial, proibiu exportações O especialista afirma que os preços globais do arroz têm se mantido altos desde que a Índia, maior exportador mundial, proibiu exportações - Foto: Divulgação

Durante uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, 29 de maio, Edegar Pretto, diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), declarou que o preço do arroz aumentou entre 30% e 40% no último mês. No entanto, segundo Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, ele não forneceu dados para validar esses percentuais nem especificou o período exato ao qual se referia.

De acordo com a CONAB, entre 29 de abril e a última semana de maio, o preço do arroz longo fino no atacado em São Paulo subiu 7,1%, de R$ 166,60 para R$ 178,40. No Rio Grande do Sul, o preço do arroz em casca ao produtor aumentou 12,9%, de R$ 104,27 para R$ 117,70. No varejo de São Paulo, o preço do quilo para o consumidor caiu 2,0%, de R$ 6,08 para R$ 5,96.

O especialista afirma que os preços globais do arroz têm se mantido altos desde que a Índia, maior exportador mundial, proibiu exportações em julho de 2023 devido a uma seca, causando aumentos mundiais. Desde então, o preço do arroz beneficiado WR 100%B da Tailândia subiu 46,5%, de US$ 453/t FOB para US$ 664/t. No Paraguai, principal fornecedor do Brasil, o preço do arroz beneficiado tipo 1 com 5% de quebrados subiu 71,2%, de US$ 473/t FOB para US$ 810/t. Os preços do arroz no Brasil e no Mercosul são influenciados pela paridade internacional.

“É inverídico que os preços do arroz subiram de 30% a 40% no Brasil. Conforme dados da CONAB, o preço do arroz ao consumidor subiu 25,6% desde julho do ano passado, bem abaixo, portanto, das altas ocorridas globalmente. Não há justificativas plausíveis para o governo importar arroz e vender com subsídios, dispendendo R$ 7,2 bilhões em recursos públicos. E não há justificativa para tabelar a venda a R$ 4 o quilo, abaixo do custo de produção do grão e da paridade internacional de preços”, conclui.
 

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