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O patamar da soja pode melhorar? Confira:

Por outro lado, há elementos que podem limitar as altas



Por outro lado, há elementos que podem limitar as altas Por outro lado, há elementos que podem limitar as altas - Foto: Pixabay

A análise divulgada pela TF Agroeconômica aponta para um cenário em que o complexo de soja no Brasil pode se descolar ainda mais da Bolsa de Chicago (CBOT), mantendo os preços em patamares elevados ou até mesmo apresentando alta moderada, dependendo da demanda por óleo e farelo de soja. Enquanto o óleo se destaca pelo uso interno no programa de biodiesel B15, o farelo ganha mercado com a possibilidade de exportação para a União Europeia, favorecida pelo acordo EU-Mercosul, que reduz ou elimina tarifas sobre o produto.

Entre os fatores que impulsionam o preço da soja, destaca-se a resistência em torno de R$ 145-146 por saca, apontada como um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda. Além disso, a decisão do Conselho Nacional de Política Energética de elevar a mistura obrigatória para B15 a partir de março de 2025 e o aumento das importações indianas de óleos vegetais, especialmente óleo de soja, contribuem para a valorização. No mercado externo, a firmeza do óleo de palma na Malásia e o bom desempenho das exportações de soja dos EUA também trazem otimismo.

Por outro lado, há elementos que podem limitar as altas. A previsão de clima favorável para as lavouras na América do Sul, incluindo chuvas no sul do Brasil e avanços no plantio na Argentina, aumenta a oferta global. A desvalorização do real frente ao dólar, apesar de tornar as exportações brasileiras mais competitivas, pode exercer pressão baixista sobre a CBOT. Além disso, a comercialização antecipada da safra 2024/2025, embora crescente, ainda está abaixo da média histórica, o que pode impactar a dinâmica do mercado.

Com o cenário global sendo afetado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado de soja segue atento aos desdobramentos. A proibição chinesa de exportação de terras raras e os impactos nos setores tecnológicos americanos adicionam incertezas a médio e longo prazos, enquanto os analistas esperam que os preços da soja no Brasil permaneçam moderadamente firmes, favorecidos pelos fundamentos atuais.
 

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