O milho tem chance de subir
“No mercado doméstico, poderá haver a disputa entre indústrias e exportadores"
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, o milho tem boas chances de subir os preços a curto prazo, tanto no Brasil, quanto em Chicago, entre abril e julho. “Depois disto haverá, até setembro, a pressão da oferta brasileira e argentina e depois tenderá a subir novamente, com a menor oferta norte-americana”, comenta.
“No mercado doméstico, poderá haver a disputa entre indústrias e exportadores a partir de setembro, o que é mais um fator de alta interna. Mas, não serão altas muito grandes, então nossa recomendação é a de o agricultor ir aproveitando estas altas para fixar seus preços e aplicar o dinheiro até o vencimento das contas”, completa.
As preocupações com o clima nos EUA, apesar de previsões de chuva para o Meio-Oeste nos próximos dias, são um dos fatores de alta. “De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, 24% da área normalmente destinada ao milho tinha algum nível de estiagem na última semana, ante 23% na semana anterior e 29% na data correspondente do ano passado. Com o plantio em andamento, chuvas são necessárias para que o ritmo dos trabalhos não diminua”, indica.
Se destacam ainda as exportações menores do Brasil e a redução na safra da Argentina. “A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção de milho na Argentina de 54 milhões para 52 milhões de toneladas. Segundo a bolsa, o ajuste foi motivado por um aumento da incidência da cigarrinha-do-milho em várias regiões de cultivo. A colheita de milho estava 11,1% concluída na última semana, informou a bolsa em relatório. Na semana, o avanço foi de 5,4 pontos porcentuais”, informa.
Para a baixa, se destacam as vendas externas dos EUA dentro do esperado e as menores exportações brasileiras. “O Brasil exportou 431,308 mil toneladas de milho em março, 67,7% a menos que 1,335 milhão de toneladas em igual mês do ano passado. Na comparação com fevereiro, quando o Brasil exportou 1,723 milhão de toneladas, houve decréscimo de 75%. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços”, conclui.