O Brasil atingirá a meta de exportação de milho?

O Brasil necessita escoar 55 milhões de toneladas de sua safra atual de milho, conforme indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ou pelo menos 50 milhões de toneladas, conforme o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. No entanto, há desafios a serem superados para que os preços internos possam se recuperar.

“O primeiro deles é que o preço do milho brasileiro CIF China se tornou $ 5 centavos mais caro para os embarques de setembro. O segundo é a logística: a demora para carregamento nos portos brasileiros está jogando contra os prêmios. Além disso, a falta de armazenagem no interior do país está aumentando o volume de ofertas antes da estação das chuvas, que começa em dois meses”, comenta.

A maior parte da produção brasileira de milho está a milhares de quilômetros dos portos e depende de vias nem sempre adequadas para o transporte, que elevam seu custo final.
“O embarque de 8,8 milhões de toneladas nos portos brasileiros de agosto foi mencionado até pelos nossos vizinhos. Foi um recorde nacional e aliviou a média mensal necessária (6,42 MT) para se atingir os objetivos da Conab no segundo semestre de 2023”, indica.

“Os custos de produção, segundo o Deral-PR, estão ao redor de R$ 73,60/saca, para uma produtividade de 80sacas/hectare, mas o preço médio, recebido pelos agricultores do estado, como mostra a primeira tabela acima, está entre R$ 45 e R$ 50/saca, sinalizando um prejuízo 32,06%, neste momento. Mas, a evolução das cotações de Chicago mostra que poderiam ter fixado preços lucrativos nas altas do mercado, como mostra o gráfico abaixo”, conclui.