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Número de pastagens degradadas cai

No total as áreas com degradação severa caíram de 34,3% para 25,2% em 8 anos



Foto: Marcel Oliveira

Um estudo realizado pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG) avaliou, com base na classificação automática de imagens de satélites da série Landsat, o grau de degradação das áreas de pastagens no Brasil no período de influência do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).

Os resultados mostram que houve redução no número de propriedades com áreas de pastagens com degradação severa e moderada no período entre 2010 e 2018. Nesses 8 anos foram recuperados 26,8 milhões de hectares de pastagens degradadas, número bem superior à meta estabelecida pelo Plano ABC, de 15 milhões de hectares. A área recuperada é maior que o território do Reino Unido, que tem aproximadamente 24,2 milhões de hectares. 

O aumento foi maior no Centro-Oeste e Sul do país, abrangendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e também o estado do Tocantins. A recuperação ocorreu principalmente no bioma Cerrado, onde houve maior investimento do plano nas pastagens.

No total as áreas com degradação severa caíram de 34,3% para 25,2% no período avaliado. A análise de cerca de 5,5 milhões de propriedades, conforme os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também sugere um aumento nas áreas de pastagens classificadas com degradação leve e não degradada. Em termos proporcionais, e considerando este conjunto de propriedades, o aumento mais expressivo foi para a classe não degradada, de aproximadamente 94,7 %.

O estudo é pioneiro no país e permite avaliar a efetividade da política pública e o quanto os produtores rurais, quando incentivados, são capazes de corresponder adotando práticas sustentáveis de produção.  As áreas totais ocupadas por pastagens em 2010 e 2018 foram de aproximadamente 171,6 e 170,7 milhões de hectares, respectivamente. 
 

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