Novos compostos para proteção de plantas
Esses compostos se destacam pela sua especificidade
Recentemente, cientistas dos Institutos Max Planck identificaram uma classe de compostos com grande potencial na proteção de plantas contra patógenos. Sob a liderança da Dra. Irene Riera-Tur, a equipe concentrou-se na investigação de proteínas que interferem nos processos lisossômicos dos patógenos, o que impede sua capacidade de infectar as plantas.
De acordo com Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja e membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, patógenos vegetais frequentemente produzem proteínas autoagregantes, similares às proteínas amiloides, que são essenciais para a formação de estruturas facilitadoras da infecção, como paredes celulares e biofilmes. Os cientistas identificaram compostos capazes de inibir essa agregação proteica, demonstrando efeitos promissores no controle dos patógenos.
Esses compostos se destacam pela sua especificidade na ação contra patógenos e pela baixa toxicidade tanto para seres humanos quanto para a biodiversidade. Além disso, apresentam potencial para reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência pelos patógenos, tornando-se uma base sólida para o desenvolvimento de novos pesticidas.
A descoberta dos Institutos Max Planck exemplifica como a ciência pode oferecer soluções eficazes para desafios complexos na agricultura, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade.
Os resultados promissores dessa pesquisa foram publicados na Life Science Alliance, destacando o potencial transformador desses compostos na agricultura moderna. Este avanço sublinha a importância contínua da pesquisa científica para garantir a segurança alimentar e promover práticas agrícolas sustentáveis, essenciais para enfrentar os desafios ambientais globais.