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Novo equipamento incrementa estudos com microrganismos

A implementação desse novo equipamento demandou um treinamento especializado para a equipe do laboratório


Foto: Divulgação

O Laboratório Multiusuário para Biossegurança para a Pecuária (Biopec) da Embrapa Gado de Corte acaba de receber um importante reforço em sua infraestrutura: um equipamento MALDI-TOF. Essa aquisição, com custo em torno de R$ 1 milhão, foi viabilizada pelo projeto UNIBIOPEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/Finep), em uma chamada voltada para aprimoramento da infraestrutura de pesquisa em áreas prioritárias, conforme anunciado pela Embrapa.

“O laboratório ganha capacidade analítica, porque esse equipamento faz rápida identificação de microrganismos cultiváveis. Ele é mais rápido que os métodos analíticos que usamos tradicionalmente”, afirma o pesquisador Flabio Araújo, líder do projeto UNIBIOPEC. O equipamento de alta exatidão é destinado à identificação de microrganismos, como bactérias, micobactérias, fungos e leveduras, a partir do princípio da espectrometria de massa.

A iniciativa, que envolveu a Embrapa, Funarbe e Finep, teve sua proposta submetida por uma equipe composta por Araújo, Lenita Ramires, Andrea Egito, Vanessa Felipe, Renato Andreotti e Newton Verbisck, resultando na aprovação de um montante total de aproximadamente R$ 2,4 milhões. Além do MALDI-TOF, duas autoclaves estão em processo de pré-aquisição, com a equipe do Biopec atualmente trabalhando na definição das especificações necessárias e na prospecção do mercado.

Segundo o imunologista Flabio, o equipamento anterior, um AutoFlex, já se encontrava obsoleto e era destinado a outras aplicações. Com a chegada do MALDI-TOF, abre-se um enorme potencial para a identificação em massa de microrganismos. Graças à sua biblioteca, é possível comparar os espectros proteômicos, criando um banco de dados que agiliza significativamente o processo de identificação.

A implementação desse novo equipamento demandou um treinamento especializado para a equipe do laboratório, realizado na última semana. Onze profissionais, entre pesquisadores, laboratoristas, bolsistas e colaboradores, participaram de uma atualização de 16 horas ministrada por Luiz André Pelaes, químico e técnico da Bruker do Brasil.

O Biopec, que conta com áreas de biossegurança nível 1, 2 e 3 (NB1, NB2 e NB3), desempenha um papel crucial na realização de atividades que envolvem patógenos de alto risco biológico para a cadeia da pecuária. Entre esses patógenos estão agentes causadores de doenças como salmonelose, brucelose, tuberculose e doenças êntero-hemorrágicas. O primeiro projeto a ser atendido com o novo equipamento será o de mormo, uma doença de notificação obrigatória no Brasil causada pela bactéria Burkholderia mallei, conforme destacado por Araújo.

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