Novas variedades de feijão têm boa avaliação de técnicos e produtores
Os engenheiros agrônomos e agricultores convidados puderam verificar, in loco, mais uma vantagem da nova variedade
O Sítio Nova Esperança, em Manduri, do produtor Altair Correa, foi um dos visitados. Ele se diz contente com o resultado inicial e credita o sucesso à orientação que recebeu do engenheiro agrônomo Rubens Koudi Yamanaka, do DSMM. Lá foram plantadas duas variedades: uma nova – o IAC Alvorada – e uma já tradicional – o Pérola. Com o feijão prestes a ser arrancado, notou-se o bom desempenho da nova variedade quanto à produtividade e sanidade da lavoura. Também foi observado que o IAC Alvorada é cerca de dez dias mais precoce que o Pérola.
No vizinho município de Bernardino de Campos, o imóvel visitado foi a tradicional fazenda Siriema do Lago, onde o técnico agrícola Jonavildo de Oliveira mostrou que a nova variedade achava-se bem menos atacada pela doença do mosaico-dourado do que a variedade Rubi, que ele tinha ao lado. Os engenheiros agrônomos e agricultores convidados puderam verificar, in loco, mais uma vantagem da nova variedade.
Já na fazenda “Ataliba Leonel“, pertencente ao DSMM, onde são produzidas sementes de diversas espécies, os visitantes apreciaram, além do IAC Alvorada, as variedade IAC Diplomata (feijão-preto) e a IAC Galante, do tipo rosinha, uma das vedetes da nova safra de variedades lançadas. Essas foram plantadas ao lado do Carioca Precoce, desenvolvido pela Cati há alguns anos, também com bom desenvolvimento.
Os pesquisadores Sérgio Augusto Carbonel e Alisson Fernando Chiorato, do Centro de Grãos e Fibras do IAC, juntamente com o engenheiro agrônomo Vilson de Vechi, do DSMM, foram unânimes em afirmar o seu otimismo quanto ao comportamento em campo das novas variedades. A expectativa, agora, é que esses plantios gerem sementes que garantam o plantio com segurança e eficiência.
Sobre as novas variedades - O lançamento mais recente de novas variedades foi feita pelo IAC no final do ano passado. O IAC Alvorada, IAC - Diplomata, IAC - Galante, IAC - Colorido, IAC - Harmonia e IAC - Jaraguá destacam-se pelo maior teor de proteínas (acima de 22%, enquanto a média é de 18%), menor tempo de cozimento, melhor qualidade de grãos e de caldo, além da redução de 15 a 20% na aplicação de defensivos, em razão da resistência à antracnose e tolerância à mancha angular, as principais doenças da cultura, cujo controle representa 15% do custo total de produção.
Sobre o feijão no estado - Foi o 14º colocado no valor da produção paulista, com crescimento de 20,51% em 2007, para quase R$ 420 milhões. A produção atingiu perto de 4,5 milhões sacas de 60 quilos. O preço médio pago ao produtor aumentou 30,85% em 2007 na comparação com 2006.
Para o feijão da seca, foram produzidas 1 milhão de sacas no Estado, no ano passado (a área do Escritório de Desenvolvimento Rural - EDR - de Itapeva foi o primeiro lugar, com 412,4 mil); para o feijão das águas, 2 milhões de sacas (Itapeva, 862,7 mil); feijão de inverno irrigado, 1 milhão (São João da Boa Vista, 444,5 mil); sem irrigação, 271,3 mil sacas (64,3 mil do EDR de Andradina). (Fonte: DSMM) | www.agricultura.sp.gov.br/