Novas empresas são habilitadas para exportar amendoim

O Estado de São Paulo acaba de conceder habilitação a mais duas empresas processadoras de amendoim, permitindo-lhes exportar seus produtos. A auditoria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi concluída na última sexta-feira (22), após visitas a três cidades do interior paulista. De acordo com o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov-SP), São Paulo agora abriga 18 empresas beneficiadoras autorizadas a exportar amendoim para a União Europeia, um dos mercados mais rigorosos do mundo.

São Paulo é o maior produtor de amendoim do Brasil, concentrando 64% da produção, conforme dados do Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo dados divulgados pelo Mapa, de janeiro a agosto deste ano, o estado já exportou 195 mil toneladas de amendoim em grãos, totalizando US$ 280 milhões em valor. Esse volume representa um aumento de 11% em relação às 176 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2022, que geraram US$ 205 milhões.

Os auditores fiscais federais agropecuários Fernando Penariol e Eduardo Gusmão, que estiveram envolvidos na auditoria, relatam que a equipe do Mapa visitou as cidades de Junqueirópolis, Neves Paulista e Novo Horizonte na semana passada. As visitas aos três estabelecimentos tiveram objetivos distintos. Em uma das empresas, foi concedido o registro para beneficiar e comercializar amendoim tanto no mercado interno quanto para exportação (exceto China e União Europeia, que têm requisitos específicos). Em outro estabelecimento, a equipe do Sipov-SP obteve esclarecimentos sobre uma carga que foi exportada para a Europa e considerada "não conforme". As causas dessa não conformidade estão sendo investigadas. Na terceira empresa, uma auditoria foi realizada e a habilitação para a exportação de amendoim para a União Europeia foi aprovada.

Os fiscais do Mapa enfatizam que o principal objetivo das auditorias é garantir a segurança do amendoim produzido e exportado, assegurando que esteja em conformidade com as normas do ministério e atenda às exigências dos mercados consumidores. As inspeções verificam a aplicação das boas práticas de fabricação (BPF), conforme estabelecido na Instrução Normativa 03/2009 do Mapa.