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Nova mistura do diesel mexe na soja?

Do que é esmagado, em torno de 20% vira óleo e o restante é farelo



Foto: Abiove

A nova regra que aumenta para até 14% a mistura do biodiesel ao diesel, projetada para vigorar no ano que vem, deve aumentar a demanda de óleo vegetal para 6,65 milhões de toneladas. De acordo com o presidente-executivo da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), André Nassar, isso será “ótimo para a indústria de carnes”.

Isso ocorre, segundo ele, “porque a disponibilidade de farelo seria muito grande, tendo em vista que, do que é esmagado, em torno de 20% vira óleo e o restante é farelo”. “Neste caso, o esmagamento teria de chegar a quase 49 milhões de toneladas de soja”, explicou Nassar no evento online Abertura de Safra Grãos.

E quais as possíveis implicações desta medida sobre os preços? Na avaliação dos técnicos da TF Consultoria Agroeconômica, se estas medidas, como se espera, forem implementadas, trará as seguintes consequências para o mercado brasileiro de soja:

a) Com maior demanda interna, os preços do grão tendem a se manter firmes (não necessariamente subir mais, mas se manter nos níveis elevados em que se encontram, que já contemplam uma lucratividade de 40,69%, comparando-se o custo de produção de R$ 89,55/saca, segundo o Deral-PR com o preço de venda recebido pelos agricultores na maior parte do país de R$ 151,00/saca);

b) Com o maior esmagamento, haverá aumento correspondente na produção de farelo, que ficará à disposição dos produtores de carne do país. Isto não significa necessariamente que o preço cairá, mas, que haverá maior oferta do produto, com repercussão sobre os seus próprios preços e do milho.

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