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Nova frente fria se aproxima

Previsão indica mudança no tempo nesta semana



Foto: Gabriel Luan Rodrigues

No decorrer desta semana o grande destaque vai para a formação de uma nova frente fria e a atuação dos corredores de umidade ao norte do Brasil.  Essa frente fria ganha corpo ao longo da terça-feira (26) com o aprofundamento de um cavado – região alongada de baixa pressão – na região Sul. As instabilidades avançam no decorrer dos próximos dias, chegando até a região Centro-Oeste e Sudeste do país. 

Ao passo que as instabilidades avançam, uma nova massa de ar frio adentra o território nacional, mas sem condições de frio intenso ou formação de geadas. Mas as temperaturas entram em declínio, principalmente no período da manhã e haverá uma grande amplitude térmica (diferença entre as mínimas e máximas temperaturas).

Essa condição de amplitude térmica vem como uma resposta do forte aquecimento diurno provocado pela maior presença do sol, junto à massa de ar seco que deve atuar no centro-sul. Inclusive, áreas do interior do Brasil, devem ter redução dos volumes de chuva e perda de umidade no solo ao longo do período.

Já na região Norte e Nordeste, o corredor de umidade formado pela Zona de Convergência Intertropical, será o principal contribuinte para as chuvas na faixa norte da nação. Os acumulados podem superar os 250 mm no extremo norte do Território Nacional.

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Sul 

Uma nova frente fria deve se formar a partir da terça-feira (25) e aumentar as condições de chuvas sobre boa parte da região. Sendo este episódio o responsável por promover a maior parte das chuvas da semana, com previsão de quase 80 mm nas imediações de Goioerê (PR) e 70 mm em Sananduva (RS).  Após as chuvas entre terça e quarta, uma massa de ar frio deve se estabelecer na região, sem previsão de frio intenso ou formação de geadas significativas. Esse ar frio – associado à uma alta pressão – deve manter o tempo firme até a entrada da próxima semana. As condições são favoráveis à maturação e colheita, e as chuvas serão suficientes para manter uma boa quantidade de umidade no solo.

Sudeste

No começo da semana, as instabilidades devem se concentrar ao norte da região ainda em função de um corredor de instabilidades remanescentes da última frente fria. Contudo, no decorrer de quarta (26) a chegada de uma frente fria vai trazer mudança no tempo ao sul da região, com previsão de chuvas fortes no Triângulo Mineiro. Essa frente fria deve seguir avançando em direção ao norte da região ao mesmo tempo que uma massa de ar seco e frio invade áreas do sul e do sudeste. Não há previsão de frio intenso  ou de formação de geadas neste evento. Apesar das chuvas, a previsão é de redução na umidade do solo entre o início e final do período. O tempo seco deve contribuir para o avanço da maturação e colheita do milho e arroz, mas pode reduzir a disponibilidade de água para as demais lavouras.

Centro-Oeste

De maneira geral, a previsão indica a redução nos volumes de chuvas ao longo da semana, com exceção do sul do Mato Grosso do Sul. Neste último setor, uma frente fria deve provocar chuvas fortes entre a terça (25) e quarta-feira (26), levando chuvas de até 70 mm nas imediações de Nova Andradina. Essa frente fria pode levar chuvas até o sul de Goiás. Já em áreas ao norte do centro-oeste, há condições de chuvas mais volumosas e recorrentes, como uma consequência da influência das instabilidades da região tropical. A tendência na maior parte do centro-oeste é de redução na disponibilidade de umidade no solo, o que deve acelerar a maturação e colheita em lavouras de arroz e milho, mas pode trazer limitações para lavouras em estágios reprodutivos.

Nordeste

O destaque na região nordeste vai mesmo para a redução das chuvas ao longo da semana em áreas do centro-sul da região. Contudo, até o final de semana (29) uma frente fria deve se aproximar e aumentar as condições de chuvas sobre a Bahia. Por outro lado, na faixa norte, os corredores de umidade formados pela ZCIT garantem as chuvas volumosas e frequentes na região, com previsão próxima à 150 mm na Baixada Maranhense. Apesar da chegada das chuvas na Bahia, a tendência para a semana é de perda de umidade no solo, o que deve comprometer o vigor das lavouras de feijão. 

Norte

A expectativa da semana é de que as chuvas mais volumosas do país se concentrem em áreas da região norte, principalmente em função dos corredores de umidade que atuam na região tropical. Na média das projeções, o estado do Amapá terá chuvas entre os 180 e 250 mm no decorrer do período, indicando uma atuação mais abrangente e frequente das instabilidades. Contudo, áreas do sul da região norte como  Gurupi (TO)  e Colorado do Oeste (RO) devem registrar precipitações de até 50 mm.

Material elaborado pela equipe Agrotempo.

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