Nova cepa de Azospirillum deve estar disponível
Bactéria é utilizada em soja e milho
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Mapa) aprovou duas novas cepas da bactéria benéfica Azospirillum brasilense, fruto de uma parceria entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII). As cepas, denominadas HM 053 e HM 210, foram desenvolvidas com o objetivo de aumentar a produtividade e rentabilidade das culturas de soja e milho, reduzindo o uso de fertilizantes sintéticos.
A Novonesis, empresa líder mundial em biossoluções e associada da ANPII, deve incluir a estirpe HM 210 em seu portfólio de produtos, inicialmente por meio do AzoMax Plus, destinado ao tratamento de sementes de soja, já disponível para a safra 2024/25. As novas cepas apresentaram um maior potencial de fixação biológica devido a elevada capacidade de produção da enzima nitrogenase em comparação com as já utilizadas no mercado brasileiro”, observa Fernando Bonafé Sei, agrônomo e gerente da área técnica da empresa.
O gerente técnico ressalta que a inoculação com Azospirillum pode oferecer uma fonte adicional de nitrogênio para as culturas de soja e milho. O agrônomo enfatiza que o uso combinado de Azospirillum e microrganismos à base de Bradyrhizobium (Coinoculação) pode aumentar a produtividade da soja em até 16%.
As duas novas cepas ampliam as opções para os produtores, que podem escolher a estirpe mais adequada ao solo após estudo de campo. O momento ideal para a utilização do Azospirillum é durante o tratamento de sementes, mas estudos também sugerem efeitos positivos da inoculação via pulverização nos estágios iniciais do desenvolvimento da cultura, oferecendo mais uma opção aos produtores no futuro.