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Nódulo nos animais é reação normal à vacina contra aftosa

Essas reações vacinais indesejáveis que surgem no animal acontece em algumas propriedade em até 10% do rebanho



A Campanha de Vacinação da Febre Aftosa traz consigo uma dúvida que está presente na cabeça da grande maioria dos fazendeiros ou proprietários de pequenos rebanhos. Por que o meu animal reagiu com o nascimento de um nódulo assim que foi aplicada a dose da vacina contra a febre aftosa?

“A aparição do nódulo é normal, não precisa se preocupar. Essas reações vacinais indesejáveis que surgem no animal acontece em algumas propriedade em até 10% do rebanho. Nesse caso, a vacina pegou e o animal está imunizado”, diz o supervisor técnico regional de Defesa Sanitária animal da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) em Umuarama (PR).

Porque acontece então o nascimento do nódulo que tanto assusta e preocupa os proprietários? A resposta é simples, isso só vem acontecendo de 1996 para cá. Foi nesse ano que a vacina contra febre aftosa passou por uma mudança para dar maior qualidade e eficiência na durabilidade. “A vacina de hoje é mais resistente e possui maior longevidade na atuação por causa da adição de um adjuvante oleoso. Com isso, a vacina chega a ter eficiência na imunidade por seis meses, sendo que até 1996 a validade da vacina era apenas de quatro meses”, explica Jesus.

A partir de 1996, o adjuvante da vacina tornou-se oleoso para que a imunidade do animal durasse por dois meses a mais que o atual. Antes, a vacina, que é aplicada via sub-cutânea, lançava uma dose líquida que se espalhava com facilidade. Já com o adjuvante oleoso, a veia se entope e demora mais para circular, fazendo com a dose seja repassada aos poucos para o animal, com isso mantendo o animal imune. “Antes tinha que vacinar os animais três vezes ao ano e os proprietários reclamavam muito. Agora com esse adjuvante, a vacinação só é realizada duas vezes por ano e é suficiente”, diz Jesus.

A vacinação já chegou aos 45% de cobertura na região e tudo está caminhando como no ano passado. “Este ano não está muito diferente dos outros não. As aplicações estão ocorrendo normalmente e nós estamos realizando as devidas vacinações assistidas”, diz Jesus.

As vacinações assistidas só acontecem em três ocasiões: nos municípios que fazem divisa com o Estado do Mato Grosso do Sul; nas propriedades que recebem animais de outro Estado; e propriedades alternadas para confirmar e fiscalizar a maneira correta da aplicação ou até mesmo quando denunciadas. “Mesmo com toda a informação disponível hoje, ainda encontramos proprietários que realizam a vacina sem possuir as instalações adequadas ou a capacitação necessária”, diz o coordenador.

Muitas vezes a secretaria de agricultura recebe denúncias de alguma propriedade que não está fazendo a devida aplicação da vacina contra febre aftosa. Portanto, o coordenador marca uma vacinação assistida pelos técnicos da secretaria que acompanham o processo e verificam o local.

Para fazer a devida vacinação é necessário que o curral tenha brete de contenção dos animais, instrumental (seringas e agulhas adequadas), pessoal com capacidade e conhecimento, condições para a conservação da vacina como geladeira e caixas de isopor adequadas.

A campanha vai até o dia 20 deste mês, próximo domingo, e os proprietários têm até o dia 30 para apresentarem o papel de comprovação da aplicação da vacina em seu rebanho. Para isso, o proprietário deve se dirigir ao prédio da Unidade de Veterinária de Umuarama localizado no prédio da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar).

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